domingo, 1 de junho de 2008

EDUCAÇÃO SEXUAL NA ESCOLA


Atualmente vivemos tempos de grande preocupação com os jovens. São mais de 36.000 adolescentes entre 12 e 16 anos grávidas no Brasil. O maior problema que enfrentamos para evitar a gravidez de adolescentes é a falta de conscientização dos educadores (pais e escola) sobre a necessidade de promover a educação sexual preventiva em massa no meio educacional.
Quando falamos em "educação sexual", esbarramos com preconceitos terríveis por parte de muitas pessoas. Por total desconhecimento do assunto, pensam que, se ela for implantada na escola, seus filhos e alunos iniciarão a vida sexual precocemente.
O que muita gente não sabe é que, quando implantamos a educação sexual em uma escola, a tendência é o jovem sanar suas dúvidas e conseqüentemente não sair afoitamente à procura de qualquer experiência sexual para saber como é e tirar suas dúvidas.
A grande parte dos jovens recebe estímulos de seu grupo para realizar logo atos sexuais e, pior que isso, é informada por outros adolescentes um pouco mais velhos que também receberam péssimas orientações. Estes são, na sua grande maioria, supervalorizados pelo grupo por serem considerados "cabeças abertas".
Conversar de forma séria sobre assuntos sexuais em geral tende a baixar a ansiedade dos jovens, que naturalmente são muito curiosos e desejam viver suas experiências o mais rápido possível. Afinal, a adolescência é um período de descobertas.
Sem a orientação correta, a atitude dos adolescentes não poderia ser diferente da que predomina à sua volta. Para entender isso, basta ver esta regra básica da psicologia: todos seguimos modelos e, se os modelos que temos não são lá essas coisas, como poderíamos ser diferentes?
A conduta dos adolescentes é fácil de entender quando se está no meio de um grupo em que é muito vergonhoso ser virgem, em que a menina que ainda não teve sua primeira experiência sexual é considerada quadrada, antiga, problemática, mesmo que só tenha 14, 15 anos de idade. Num grupo em que os pais não receberam orientação sexual e não têm tempo para educar seus filhos, pois estão ocupados demais com seu trabalho e, quando chegam em casa, não querem lidar com aquele adolescente cheio de dúvidas e questionamentos sobre diversos assuntos, principalmente sobre sexo, ou então não sabem como proceder.
Nós, pais, educadores e diretores, temos de entender que estamos vivendo numa época de excesso de estímulo sexual e em que a mídia promove um certo incentivo para o ato sexual sem dar a mínima noção de segurança. Vivemos num tempo de confusão, pois estamos misturando a palavra liberdade sexual com libertinagem sexual. Não adianta esconder, não informar, fingir que o sexo não existe. Ele está aí para quem quiser experimentá-lo. Não cabe a mim nem a ninguém proibi-lo. Não adiantaria nada proibir, pois os adolescentes fariam sexo às escondidas. Não foi assim com quase todos nós?
Temos de, simplesmente, criar mecanismos para orientar melhor nossa equipe de trabalho e fazer com que as informações pertinentes à sexualidade sejam discutidas para que falar de sexo torne-se algo natural e o adolescente não tenha vergonha de sanar suas dúvidas ou de procurar seus pais, professores e educadores a fim de receber ajuda nessa fase tão complexa de sua vida e em que há descobertas de valores que vão determinar para todo o sempre uma vida de prazer ou de desprazer.
Atualmente, pesquisas revelam que mais de 50% das mulheres têm problemas sexuais, que começaram, no caso da maioria delas, na adolescência. Esses problemas, muitas vezes bastante graves, são geralmente decorrentes da total falta de apoio no período das descobertas sexuais.
A repressão sexual na sociedade, nas famílias, nos colégios é um dos fatores mais fortes da falta de prazer feminino e da disfunção erétil masculina na fase adulta. Se não começarmos agora a mudar a nossa filosofia educacional no que diz respeito à sexualidade, certamente teremos no futuro um mundo com adultos cheios de problemas.
Estamos muito avançados no que diz respeito à tecnologia, mas no que se refere à sexualidade ainda vivemos na Idade da Pedra. Não sabemos responder à grande maioria das perguntas sobre sexo, não sabemos o que fazer com nossos filhos quando entram na fase da descoberta da sexualidade e ainda assim observamos um grande "frisson" quando se promove uma palestra sobre sexo. É sinal de que algo não vai bem!

Charles Rojtenberg é psicólogo

Precisamos fazer nossa parte ou melhor eu enquanto educadora tenho que fazer a minha , nós sabemos que hoje no Brasil a educação sexual infelizmente é só um tema transversal, eu defendo que se torne parte do currículo escolar e que seja obrigado a ser trabalhado em todas as Escolas. Enquanto isso não acontece, vamos fazer cada um a sua parte, Pais, Instituições de Ensino, Religião, comunidade e nossos representantes em Brasília.

Maria Fernanda Figueiredo



4 comentários:

Anônimo disse...

Boa tarde:O)Estou dando uma passada no teu blog para desejar-te um ótimo domingo e uma ótima semana.:O)de muita paz e felicidade.
Abraços:O)

Osc@r Luiz disse...

Venho aqui agradecer o carinho e a solidariedade ao pedido que fiz de orações destinadas à nossa amiga Bete, mas sobretudo trazer uma boa notícia que acaba de me chegar através da sua irmã Gloria:

OSCAR

VENHO AGRADECER A PREOCUPAÇÃO DE TODOS E FELIZMENTE AVISAR QUE ELISABETE JA ENCONTRA-SE EM UM APARTAMENTO,NENHUM ORGÃO FOI ATINGIDO E FORA DE PERIGO,AGORA É SE RECUPERAR!

OBRIGADA A TODOSSSSSS!
GLÓRIA


Agradeço então a todos pela que certamente para que a Bete tivesse as melhoras que teve.
Muito obrigado, meus amigos! De coração!
Logo ela vai estar entre nós, brincando como sempre o fez!
Me desculpem o comentário “tipo carimbo”, mas é que graças a Deus, não foram poucas as pessoas que se somaram a nós!
Muito obrigado e uma semana iluminada a todos!

disse...

Olá querida Maria Fernanda!

Venho só hoje agradecer suas palavra de carinho em meu cantinho, sobre a blogagem coletiva, peço desculpas pois estava com a casa cheia, aniversários na casa de vovó é mesmo uma festa...
Parabens por sua abordagem a reespeito do cigarro,exelente.
E a de hoje também, já havia lido algo a respeito e você concluí muito bem.
Fique com Deus e que ele te abençoe sempre e sempre junto aos seus.
Apareça sempre é um grande prazer ter novos amigos, principalmente pessoas como você, preocupadas com a humanidade.
Beijos com carinho!
Vovó Rô!

Tânia Defensora disse...

Educação sexual nas escolas já!