Uma senhora de 92 anos, delicada, bem vestida, com o cabelo bem penteado e um semblante calmo, precisou se mudar para uma casa de repouso. Seu marido havia falecido recentemente e a mudança se fez necessária, pois ela era deficiente visual e não havia quem pudesse ampará-la em seu lar. Uma neta dedicada a acompanhou. Após algum tempo aguardando pacientemente na sala de espera, a enfermeira veio avisá-las que o quarto estava pronto. Enquanto caminhavam, lentamente, até o elevador, a neta, que já havia vistoriado os aposentos, fez-lhe uma descrição visual de seu pequeno quarto, incluindo as flores na cortina da janela. A senhora sorriu docemente e disse com entusiasmo: Eu adorei! Mas a senhora nem viu o quarto... Observou a enfermeira. Ela não a deixou continuar e acrescentou: A felicidade é algo que você decide antes da hora. Se eu vou gostar do meu quarto ou não, não depende de como os móveis estão arranjados, e sim de como eu os arranjo em minha mente. E eu já me decidi gostar dele... E continuou: é uma decisão que tomo a cada manhã quando acordo. Eu tenho uma escolha, posso passar o dia na cama remoendo as dificuldades que tenho com as partes de meu corpo que não funcionam há muito tempo, ou posso sair da cama e ser grata por mais esse dia. Cada dia é um presente, e meus olhos se abrem para o novo dia das memórias felizes que armazenei... A velhice é como uma conta no banco, minha filha... De onde você só retira o que colocou antes.
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A lição de uma pessoa idosa e sem a visão dos olhos físicos é de grande profundidade e contém ensinamentos valiosos. E o primeiro deles é que a felicidade é uma decisão pessoal. Depende mais da nossa disposição mental do que das circunstâncias que nos rodeiam. Cada pessoa tem, na intimidade, o potencial de armazenar as belezas que deseja ver em sua tela mental, ainda que ao seu redor a paisagem seja deprimente. Para isso é preciso construir um mundo de felicidade nesse banco de lembranças que Deus ofereceu a cada um de seus filhos. E quando se constrói um mundo de paz e felicidade, portas à dentro da alma, é possível compartilhar essa realidade com aqueles que nos cercam. Assim é que se não temos em nossa vida os enfeites que desejamos, arranjemos tudo isso em nossa mente. É uma forma de ver as coisas com olhar positivo e otimista. Além disso, como toda criação começa na mente, é bem possível que venhamos a concretizar esse sonho alimentado na alma. Se você ainda não havia pensado nessa possibilidade, pense agora. Comece, sem demora, a depositar felicidade na conta do banco das suas lembranças, para poder resgatar sempre que desejar. Se você abrir a janela, pela manhã, e seus olhos físicos puderem ver apenas paisagens deprimentes, abra as janelas da alma e contemple um jardim em flor. Respire fundo e sinta o perfume de jasmim, de rosas e cravos, ouça o canto dos pássaros que voam, ligeiros, pelo ar. Perceba a brisa acariciando seu rosto, e curta a melodia dos grilos e cigarras que cantam para alegrar suas horas. Decida ser feliz, ainda que seja uma felicidade que só você pode sentir. E lembre-se sempre: a felicidade não depende de como as coisas estão arranjadas, mas de como você as arranja na sua mente.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base na história da Sra. Maurine Jones, contada por Cheri Pape disponível no site: http://www.soberrecovery.com/forums/showthread-9941.html
3 comentários:
Olá Maria Fernanda!!
Primeiramente, obrigada pela visita ;)
Gosto muito de textos edificantes que alimentam a minha alma com grandes lições de vida.
Bela postagem!!
Beijinhos e uma semana muito feliz
Boa tarde.Que linda mensagem, se todos pensassem como essa Senhora seria bem mais fácil viver. Nada como a maturidade dessa querida senhora, que ajuda -a a ser mais otimista com as coisas da vida.
Uma ótima semana pra ti.
Abraços.
Olá Maria Fernanda!
Venho agradecer sua presença lá em casa e também suas palavras de carinho, obrigada.
Apareça sempre as portas lá de casa estarão sempre abertas para pessoas como você.
Adorei o texto, assim todos conseguissem ver a felicidade dessa maneira.
Felicidade é uma decisão pessoal...
É bem isso mesmo, pode acreditar.
Vovó Rô!
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