quarta-feira, 30 de abril de 2008

Dia Nacional da Mulher






Ilsa da Luz Barbosa


Você que busca no dia a dia sua

independência, sua liberdade,

sua identidade própria;


Você que luta profissional e

emocionalmente, para ser

valorizada e compreendida;


Você que a cada momento tenta ser a

companheira, a amiga, a "rainha do lar";


Você que batalha incansavelmente por seus

próprios direitos e também por um mundo

mais justo e por uma sociedade sem

violências;


Você que resiste aos sarcasmos daqueles

que a chamam de, pejorativamente, de

feminista liberal e que já ocupa um

espaço na fábrica, na escola, na

empresa e na política;


Você, eu, nós que temos a capacidade de

gerar outro ser, temos também o dever de

gerar alternativas para que a nossa Ação

criadora, realmente ajude outras

mulheres a conquistarem

a liberdade de Ser...

segunda-feira, 28 de abril de 2008

VERDADE / MENTIRA

A verdade alivia mais do que magoa. E estará sempre acima de qualquer falsidade como o óleo sobre a água.
(Miguel de Cervantes)


Uma conduta desregrada aguça o engenho e falseia o juízo.
(De Bonald)


Agrada-nos a franqueza dos que nos apreciam. À franqueza dos outros chamamos insolência.
(André Mourois)


A repetição não transforma uma mentira numa verdade.
(Roosevelt)
Vocês devem estar se perguntando o porque dessas frases todas: é que hoje eu quase entrei em uma fria por conta de uma pessoa que mentiu sobre um determinado assunto. Graças a Deus que a mentira tem perna curta.

Fim de um Grande Amor



Não! Não! Não acabou, eu era feliz com aquele amor que o tempo levou; não vejo por que sofrer se não o amo mais.

Sinto a maresia do mar me invadindo a mente, o corpo e principalmente o coração, deito na areia e vejo no céu aquela estrela que um dia representou nosso amor, vejo nela um brilho diferente, percebo que não foi a estrela que mudou e sim o amor que tinha por você acabou.

Acabou como? Todos os dias me pergunto, penso comigo, como será sem ele? Tenho que tentar compreender o meu destino.

Os dias passam, conheço pessoas diferentes, mas ninguém é igual a você, estou voltando a gostar de alguém, não sei se é legal mas não custa nada tentar novamente... Pois o destino te deixou longe de mim, e com ele veio o esquecimento.


Maria Fernanda Figueiredo

21 de agosto de 2001


Este post, faz parte da blogagem coletiva "Entre Aspas" promovido pela Lunna através do
blog "Acqua".

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Viva dia 25 de Abril de 1983!

LEI Nº 7.093 - DE 25 DE ABRIL DE 1983 - DOU DE 26/4/83

Acrescenta parágrafo único ao art. 488 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, dispondo sobre o horário no período de aviso prévio, e dá outras previdências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art 1º
Art 1º - O Art. 488 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo único:

"Art. 488 ..................................................................................... .....................................................

Parágrafo único - É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas diárias previstas neste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário integral, por 1 (um) dia, na hipótese do inciso I, e por 7 (sete) dias corridos, na hipótese do inciso Il do art. 487 desta Consolidação."

Art 2º
Art 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art 3º
Art 3º - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, em 25 de abril de 1983; 162º da Independência e 95º da República.

JOÃO FIGUEIREDO
Murillo Macêdo
Gente! Acabo de receber essa mensagem por e-mail de um grande amigo "Ricardo" Jundiaí - SP.
Com a seguinte mensagem: " Hoje se comemora 25 anos de uma lei tão importante como essa do trabalho, que por conhecidência do destino foi sancionada pelo presidente "FIGUEIREDO", e nesse mesmo dia nasce Maria Fernanda FIGUEIREDO.
Parabéns minha amiga.
Ricardo.
Ri muito obrigado pelo carinho.
bjs

segunda-feira, 21 de abril de 2008

A Dor do abandono



Era uma manhã de sol quente e céu azul quando o humilde caixão contendo um corpo sem vida foi baixado à sepultura. De quem se trata? Quase ninguém sabe. Muita gente acompanhando o féretro? Não. Apenas umas poucas pessoas. Ninguém chora. Ninguém sentirá a falta dela. Ninguém para dizer adeus ou até breve. Logo depois que o corpo desocupou o quarto singelo do asilo, onde aquela mulher havia passado boa parte da sua vida, a moça responsável pela limpeza encontrou em uma gaveta ao lado da cama, algumas anotações. Eram anotações sobre a dor... Sobre a dor que alguém sentiu por ter sido abandonada pela família num lar para idosos... Talvez o sofrimento fosse muito maior, mas as palavras só permitem extravasar uma parte desse sentimento, grafado em algumas frases: Onde andarão meus filhos? Aquelas crianças ridentes que embalei em meu colo, alimentei com meu leite, cuidei com tanto desvelo, onde estarão? Estarão tão ocupadas, talvez, que não possam me visitar, ao menos para dizer olá, mamãe? Ah! Se eles soubessem como é triste sentir a dor do abandono... A mais deprimente solidão... Se ao menos eu pudesse andar... Mas dependo das mãos generosas dessas moças que me levam todos os dias para tomar sol no jardim... Jardim que já conheço como a palma da minha mão. Os anos passam e meus filhos não entram por aquela porta, de braços abertos, para me envolver com carinho... Os dias passam... e com eles a esperança se vai... No começo, a esperança me alimentava, ou eu a alimentava, não sei... Mas, agora... como esquecer que fui esquecida? Como engolir esse nó que teima em ficar em minha garganta, dia após dia? Todas as lágrimas que chorei não foram suficientes para desfaze-lo. Sinto que o crepúsculo desta existência se aproxima... Queria saber dos meus filhos... dos meus netos... Será que ao menos se lembram de mim? A esperança, agora, parece estar atrelada aos minutos... que a arrastam sem misericórdia... para longe de mim. Às vezes, em meus sonhos, vejo um lindo jardim... É um jardim diferente, que transcende os muros deste albergue e se abre em caminhos floridos que levam a outra realidade, onde braços afetuosos me esperam com amor e alegria... Mas, quando eu acordo, é a minha realidade que eu vejo... que eu vivo... que eu sinto... Um dia alguém me disse que a vida não se acaba num túmulo escuro e silencioso. E esse alguém voltou para provar isso, mesmo depois de ter sido crucificado e sepultado... E essa é a única esperança que me resta... Sinto que a minha hora está chegando... Depois que eu partir, gostaria que alguém encontrasse essas minhas anotações e as divulgasse. E que elas pudessem tocar os corações dos filhos que internam seus pais em asilos, e jamais os visitam... Que eles possam saber um pouco sobre a dor de alguém que sente o que é ser abandonado...

A data assinalada ao final da última anotação, foi a data em que aquela mãe, esquecida e só, partiu para outra realidade. Talvez tenha seguido para aquele jardim dos seus sonhos, onde jovens afetuosos e gentis a conduzem pelos caminhos floridos, como filhos dedicados, diferentes daqueles que um dia ela embalou nos braços, enquanto estava na terra.


Equipe de Redação do Momento Espírita.

domingo, 20 de abril de 2008

Bolinhos de barro.



Os pobres comem barro no Haiti, onde três quartos da população ganham menos de US$ 2 por dia, e uma em cada cinco crianças padece de desnutrição crônica, o único negócio que prospera em meio a todo este cenário cinzento é a venda de bolinhos feitos de barro, óleo e açúcar, um quitute dos desesperados, que geralmente só é consumido pelos mais pobres."Eles são salgados, contêm manteiga e a pessoa não sabe que está comendo terra", diz Olwich Louis Jeune, 24, que nos últimos meses tem comido com mais freqüência os bolinhos de barro. "Eles acalmam o estômago faminto".Mas o descontentamento dos dias de hoje no Haiti não está mais confinado ao estômago. Ele está expresso também em grafites nos muros da capital, e é gritado pelos manifestantes. Recentemente, Preval articulou uma resposta ao problema, usando dinheiro de auxílio internacional e reduções de preços por parte dos importadores para baixar o preço do saco de açúcar em 15%. Ele também diminuiu os salários de algumas autoridades graduadas. Mas essas medidas são consideradas temporárias. As soluções reais demorarão anos. O Haiti, com a sua indústria agrícola em frangalhos, precisa se alimentar melhor. O investimento estrangeiro é um fator chave para isso, embora investimentos exijam estabilidade, e não os saques e a violência generalizada provocados pelas manifestações contra a falta de comida. Enquanto isso, a maioria dos mais pobres sofre silenciosamente, já que essas pessoas estão demasiadamente fracas para partir para o ativismo ou muito ocupadas criando a próxima geração de famintos. Na enorme favela Cite Soleil, no Haiti, Placide Simone, 29, oferece um dos seus cinco filhos a um desconhecido. "Leve um", diz ela, embalando um bebê apático e apontando para quatro outros bebês esqueléticos. Nenhum deles comeu qualquer coisa hoje. "Leve-os. Só quero que você os alimente".


NEW YORK TIMES


sexta-feira, 18 de abril de 2008

Blogagem coletiva: "Analfabetismo no Brasil'.




Hoje é o dia da blogagem coletiva do blog Saia Justa, sobre o analfabetismo, e o tema é:
O que você faz para acabar com o analfabetismo no Brasil?

Ai vai minha pequena contribuição:

Quando criança reprovei na 3ª série de matemática. Minha mãe me bateu e fiquei de castigo nas férias daquele ano.

Cresci com a vontade de ser professora e com um propósito, de nunca reprovar alguém. Pensava eu, “quem sou para reprovar alguém?”.

Quando ingressei na faculdade de pedagogia, fui colega de sala de aula daquela professora de matemática, que me reprovou na terceira série.

Nunca imaginei que um dia seria colega de sala de uma das minhas professoras. A partir daí pude perceber que ser professora é algo muito além de transmitir conhecimentos, ao mesmo tempo em que, “estou professora estou aluna”.

Certo dia a professora de historia da educação pediu um trabalho em grupo de dois. Eu não estava nesse dia em sala de aula. E essa minha “colega e ex- professora” me colocou no grupo dela.

Faríamos o trabalho nós duas. No outro dia ela veio toda feliz me comunicar que faríamos um trabalho juntas.

Eu fiquei estarrecida, pensei comigo: “como posso fazer um trabalho com uma ex-professora que já me reprovou uma vez, será que ela iria me reprovar novamente?”.

Chegou o dia da apresentação do trabalho. A minha “colega e ex-professora” não conseguiu se expressar, eu apresentei o trabalho praticamente sozinha. No final da apresentação, aquela mesma professora, que me reprovou quando eu tinha oito anos, batendo no meu ombro, ela fez o seguinte comentário: “Essa é a minha aluna, merece nota 10, o que eu tenho de metódica na matemática, ela tem de dinâmica em se expressar”.

Ali eu consegui superar um trauma de infância. Mais uma vez posso reafirmar aquele meu pensamento, “quem sou eu para reprovar alguém”.

Hoje sou alfabetizadora, leciono em escolas públicas no município de Várzea Grande – MT. Atualmente estou na promoção social do município, trabalhando no projeto de Educação de Jovens.
Maria Fernanda Figueiredo

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Sou uma DIVA.



Obá ! Ganhei um prêmio ma ra vi lho so, da Cris do blog TÔDOIDA, gente o nome do prêmio tem tudo a ver com as mulheres da blogosfera SOU UMA DIVA!.

Vou indicar 2 divas nata, como eu a Cris e outras.



Georgia do blog: Saiajusta

Renatinha do blog: renatinha

Beijos a todas.
Muito obrigada Cristiane


terça-feira, 8 de abril de 2008

"Retrato da infância"


Felicidade é a gente poder olhar para trás e encontrar esse vago mundo em “sol menor” que se chama infância. Adivinhação da vida. Bem sei que, com muita gente, acontece essa coisa estranha: torna-se adulto sem ter sido criança. Ou, o que é pior: ter sido criança sem ter tido infância. A infância, para mim, não é apenas e simplesmente uma idade, mas justamente aquele mundo de pequeninas coisas que tornam inconfundível na lembrança um tempo de alegria, um tempo em que conhecemos a felicidade sem ao menos nos apercebermos dela.


Uma vez escrevi:


“Infância mesmo a gente só pode ter depois de crescer.

Porque antes a gente não sabe.”


Não é uma pena que a gente só descubra a infância depois que ela passou? Que ela seja como um sonho de que só temos consciência quando acordamos, já adultos? Ah, se pudéssemos retornar o sonho, tão próximo e tão distante, interrompido pela vida, para revive-lo plenamente consciência, com os sentidos despertos.


Ocorrem-me agora aqueles versos:


“Mamãe - palavra azul, cor da distancia, quem não pode algum dia pronunciá-la,/nasceu, cresceu... mas nunca teve infância...”


Mas não quero referir-me somente aos que não conheceram seus pais, os que nasceram órfãos, os que nunca souberam o que significa um lar, mas aos que não tiveram a oportunidade de experimentar tantas e infinitas alegrias colhidas com liberdade e amor.

Os que nunca souberam pronunciar a palavra infância com todas as suas letras; não tiveram companheiros de aventuras; não sabem o sentido de coisas simples e inesquecíveis como bolas de gude, piões, papagaios, balões... Sou um homem feliz porque tive infância. E quantas vezes tenho fugido para ela, tentando reabastecer o coração de esperanças e ilusões. Sim: posso encontra-la viva, intensa, apenas volto o rosto, em cada curva da lembrança.

Por isso tenho escrito sobre suas recordações e sobre a sua eterna presença.


Releio outro poema, ainda inédito:


“Ah, a infância, esse país de lenda sem a ameaça da morte.”


Me lembro da minha infância: trago-a intacta dentro de mim, posso quase toca-la com as mãos. Nela fui rei e moleque. Ficaram em meu corpo suas marcas e cicatrizes e me orgulho delas como um combatente de suas medalhas. Cada uma tem uma história, encerra uma aventura. Vivi todos os seus riscos, junto aos companheiros. Ainda ouço a voz de minha mãe me repreendendo, quando voltava para casa:

- Já não disse que não quero você com aqueles moleques?


E quantas vezes ouvi também outras mães chamando por seus filhos e repreendendo-os com as mesmas palavras.

Me lembro de minha infância. Esbocei dela dois pequenos retratos no livro. A Outra Face. Um, com oito a dez anos, em Rio Branco no Acre, garoto solto, de beira-rio (sem o lirismo casiminiano), tomando banho nos igarapés, tirando alfenimna engenhoca, comendo cacau maduro na floresta; outro dos 11 aos 15 anos, aqui no Rio, em Botafogo, metido em “peladas”, e pescarias nas pedras atrás do morro da Viúva.

Fui rico de infância: tive uma, no interior, livre, em contato com a natureza, aprendendo com os bichos e as coisas; outra, na cidade grande, já sabido apavorando as tias, desencaminhando os primos; capitão de moleques. O velho rio é a moldura da primeira, sublinha a sua


Pergunto por ele num poema ainda por publicar:


“Onde estás, rio Acre, de Rio Branco, rio vermelho que o tempo azulou,

que corres para a distancia e que foges de mim?

Rio Acre da minha infância que sempre vais de onde eu vim...”


No livro Amo! há outras reminiscências, em tantas perguntas:


“Onde estão aqueles olhos cheios de desejos puros e que mesmo rebeldes olhavam para os céus?E aquela alma inquieta, como os caminhos nos campos, os varadouros e os igarapés alegres da floresta? E aqueles lábios que não conheciam o sabor dos beijos mas mordiam os bagos branquinhos e doces de ingá e a polpa suculenta dos cajus? Onde está o meu primeiro amor a menina de cabelos negros e de olhos da cor do rio que nunca será esquecida?”


E a resposta inexorável: “O tempo ladrão roubou/ de parceria com a vida...”


Meu Deus, quanta coisa, quanta coisa mesmo se passou. Será que isto tudo é meu ou foi alguém que contou?
Crônicas de JG de Araujo Jorge extraído do livro" No Mundo da Poesia "

(Edição do Autor -1969)

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Educar sexualmente para a felicidade



A sexualidade humana é definida como um conjunto de representações vivenciais, valores, regras, determinações, simbologias existenciais pessoais e coletivas que envolvem a questão da identidade sexual do homem e da mulher.
Na sociedade primitiva ela era identificada com a procriação. Na sociedade atual ela saiu do contexto do quarto do casal e é discutida na praça, na mídia escrita e falada, no discurso político, mas não se criou uma ética. À frente de tudo isto esta a ditadura comportamental da mídia, o novelismo é que dita as regras e compõe a sociedade moderna. Ao contrário do que pensam os adultos, crianças são seres humanos e, como tais, sexuados. Dependem de nossa postura e ação para iniciarem o sexo com naturalidade e maturidade.
Conhecendo melhor o desenvolvimento da sexualidade infantil constatou-se que os comportamentos sexualmente tipificados são aprendidos desde tenra idade e, por isso mesmo, a escola desempenha um importante papel quando, através das informações corretas, garante e protege o desenvolvimento natural da sexualidade.
O individuo é resultado de sua formação, de seu tempo, de sua família, de suas experiências, crenças, religiões, dos seus conceitos, dos livros que leu, dos filmes que assistiu. Portanto é um ser essencialmente subjetivo, por esse motivo é pertinente que a escola desenvolva um trabalho de orientação sexual que possibilite a criança o entendimento das transformações que vão ou estão ocorrendo em seu corpo, de uma forma natural e sem tabus.
Hoje, muitas famílias não sabem como assumir o seu papel na educação dos seus filhos. É na tela da TV e da Internet, na mídia escrita e cantada, que a violência invade nossos lares e a privacidade das famílias diariamente, comprometendo e deseducando nossas crianças, tornando-as precocemente erotizadas, desestruturando a formação idealizada pelas famílias e educadores, e até destruindo sua formação moral.

Como combater tão forte adversário?
Se hoje a família tem dificuldades para cumprir seu papel na sociedade, que é de educar as crianças, o papel de pai e de mãe, perdeu-se em um mundo, onde se troca toda a atenção necessária, por tudo o que o crediário possa comprar. É isto que o capitalismo nos impõe. A família no século XXI mudou o seu modo de viver, no seu núcleo, a figura da mulher que antes tinha a santificada tarefa de educar os filhos, de acompanhar passo a passo sua infância e adolescência, orientá-los diariamente em todas suas posturas e comportamentos, hoje já não existe mais, pois a mulher tomou seu lugar nesta sociedade capitalista e, está inserida no mercado de trabalho, passando longos períodos fora do lar. Muitas têm dificuldades em relacionar o trabalho fora, com a jornada dupla da responsabilidade da casa e de educar os filhos, paralelamente a isto, mesmo com todo o modernismo, com toda a abertura dos temas sexuais em nossa sociedade, muitos pais tem dificuldade em abordar o tema sexualidade com os filhos, por uma questão de valores, de preconceitos, de tabu ou mesmo por vergonha.
Portanto o máximo que se vê são recados passados nas entrelinhas, no meio de frases como: “Tome cuidado”. “Não vá aprontar” ou através de comentários negativos sobre tantos fatos envolvendo outras garotas, que contrariam as expectativas da sociedade e da família. Mesmo que os pais não toquem diretamente no assunto, as garotas conhecem sua opinião. Não fazem perguntas, nem exprimem suas dúvidas. Sabe-se que a criança não nasce com tendências a se auto-educar, precisa de normas, limites, delimitações de espaços, regras, modelos e exemplos, para que este processo aconteça, o adolescente deve ser levado a refletir a respeito, deve conhecer suas possibilidades e limites com a ajuda de pais e educadores, mas com dados reais; não sob pressão e medo, resta-nos perguntar: Quem poderia suprir esta necessidade? Quem vai educar nossas crianças, para a sexualidade e para a vida?
Comenta Rosely Sayão (1997)
"(...) E quem são, afinal os responsáveis por uma educação sexual que permita uma visão consciente da sexualidade (...) claro que os primeiros e principais responsáveis são os pais (...) E quem são os adultos que, pelo menos em tese, deveriam aliar-se aos pais nessa difícil tarefa de educar? Os professores, claro!” Pág.: (269-281).
Torna-se necessário hoje à escola assumir tal responsabilidade, de educar estes cidadãos, o Educador cada dia mais, precisa estar preparado para esta árdua tarefa, um bom Educador deve ter o desejo de exercer cada vez melhor a profissão a que se dedica. Estar ciente da responsabilidade que carrega ajudando o aluno a fazer suas próprias descobertas. Nos dias de hoje, o professor não é apenas aquele que transmite o conhecimento, mas sobre tudo, aquele que subsidia o aluno no processo de construção do saber. Somos seres sexuados, é natural do ser humano ser curioso, principalmente quando tange a este campo, a criança desde a mais tenra idade mostra sinais de curiosidade quanto à diferença, menino/menina. O tocar nos órgãos sexuais não tem nada de anormal, o educador precisa saber diferenciar a curiosidade da malícia, e estar ciente de que há necessidade de trabalhar este campo sem censuras, sem inibir a criança e sem criar fantasias a respeito. Tanto as crianças como os adolescentes precisam de apoio para vivenciar seus novos papéis, visando sua autonomia. Precisam de compreensão em seus possíveis fracassos, experiências próprias de vida para que na fase adulta possam se sair bem nas funções exigidas pela sociedade. Isto perpassa por todo um trabalho para se educar dentro dos valores e da sexualidade. Os conteúdos sobre a sexualidade devem ser concretos, contextualizados e trabalhados dentro da totalidade dos conhecimentos físicos, biológicos e espirituais. O professor deve primeiramente considerar o que o aluno já traz da família, mesmo que esse conhecimento não esteja de acordo com o científico exigido, pautado no senso comum, apresentando apenas aos educandos como informações. Temos a difícil tarefa de desmistificar este mito, este tabu. A educação sexual da criança depende da educação sexual do educador.
Criar um conceito positivo, de umas etapas belas e únicas da vida, que deve ser serenamente compreendida para ser plenamente vivenciada. Mostrar a construção histórica da adolescência, as diversas formas com que as sociedades tratam seus adolescentes, trabalhar algumas estatísticas sobre a população jovem e adolescente no mundo de hoje e dar oportunidades para debate sobre as dificuldades que os adolescentes passam neste período: crise com os pais, mudança nos papeis sociais, o apelo do mundo do trabalho, o consumismo, as experiências afetivas e as identificações com modelos sociais. Interpretar a rebeldia adolescente como uma etapa necessária à formação e a emancipação da personalidade jovem e madura. Dar informações gerais, que serão desenvolvidas nos temas seguintes, sobre as mudanças corporais e sociais dos corpos meninos e meninas.
Um dos maiores preconceitos e rótulos que pesam sobre os adolescentes é a concepção de que nessa idade esses meninos e meninas ficam insuportáveis, rebeldes, desleixados, agressivos, preguiçosos, estranhos. São chamados de “aborrecentes” até mesmo por educadores. Na verdade isto é um grande equívoco. Não é fato que as meninas e meninos nessa idade tornem-se tão “negativos’ e “pesados”. Esses são rótulos de uma sociedade que não sabe lidar adequadamente com seus adolescentes. Há uma certa facilidade em entender e conceituar o mundo infantil, mas no mundo adulto onde está inserida a juventude e a maturidade há profundas falhas e divergências na interpretação e significação da adolescência. Para isso é imprescindível ser profissional que domine não apenas o conteúdo de seu campo especificamente, mas também a metodologia e a didática eficiente na missão de organizar o acesso aos alunos. E não apenas saber de determinadas matérias, mas o saber ‘da e para a vida’, saber ser gente, com ética, dignidade, valorizando a vida, a saúde, o meio ambiente, a cultura, educar para a felicidade plena como ser humano. Outras palavras, muito mais que transmitir conteúdos das matérias curriculares, organizadas, programada para o desenvolvimento intelectual de humanidade é preparar, ensinar a ser cidadão, mostrar aos alunos seus deveres, e seus direitos. É preciso mostrar que existem deveres e que as responsabilidades sociais, devem ser cumpridas, por cada um, para que todos vivam com dignidade. A infância e a adolescência como um conjunto de mudanças corporais, psíquicas e sociais é um dos mais ricos e fecundos períodos da vida humana, e deve ser plenamente compreendia e vivenciada. Assim é importante que o professor trabalhe a sexualidade e os valores, fazendo seu aluno perceber o outro, perceber quem esta ao seu redor, tornando crianças que saibam a importância de respeitar a si e ao próximo.


Gente, estou pesquisando sobre este maravilhoso tema e resolvi dividir com todos algumas das informações que encontrei.

bjs espero que gostem.

sábado, 5 de abril de 2008

EU TENHO UM SONHO


Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano. Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais. Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade. Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça. Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje! Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje! Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta. Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos, defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livre. Este será o dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo significado. "Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto. Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos, De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!" E se a América é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro. E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire. Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas poderosas de Nova York. Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania. Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado. Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia. Mas não é só isso. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee. Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi. Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade. E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:"Livre afinal, livre afinal. Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."
Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."


Martin Luther King

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Homem fumam e bebem mais que mulheres no Brasil




Em 2007, 16,4% dos brasileiros com 18 anos ou mais eram fumantes e 17,5% tinham consumido no último mês mais de quatro ou cinco doses de bebida alcoólica em uma mesma ocasião. Os números são da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada pelo Ministério da Saúde.
» 83% dos alunos da 8ª série em SP bebem» Aumenta número de mulheres que fumam» Cada vez menos americanos fumam
As capitais onde há maior incidência de fumantes são Porto Alegre (21,7%) e Florianópolis (20,2%). Em Salvador, está o menor percentual de fumantes, com 11,5%. Em todo o país, a prevalência de adeptos do cigarro é maior entre os homens (20,9%) do que entre as mulheres (12,6%).
Os homens também costumam consumir mais bebida alcoólica que as mulheres, segundo a pesquisa. Entre os entrevistados do sexo masculino, 27,2% disseram ter bebido mais de cinco doses em uma única ocasião. Entre as mulheres, o percentual foi de 9,3% e, para elas, o número limite de doses é quatro. Considera-se como dose uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou uma dose de destilado.
A maior freqüência de consumo abusivo de álcool foi registrada em São Luís, onde 23,1% dos entrevistados admitiram ter ultrapassado o limite. O menor registro foi em São Paulo: 13,4%. A maior incidência entre as faixas etárias pesquisadas foi de 18 a 24 anos de idade, com 23%.
Entre 2006 e 2007, o percentual de indivíduos que consumiam bebidas alcoólicas abusivamente passou de 16,1% para 17,5%.
A pesquisa registrou também que a mistura entre álcool e direção esteve presente na realidade de 2% dos entrevistados. Esse foi o percentual de pessoas que disseram que costumam dirigir veículos motorizados após o consumo de mais que quatro ou cinco doses de bebida alcoólica. A incidência é maior entre os homens: 4%, enquanto 0,3% das mulheres admitiram ter dirigido depois de beber.
O Vigitel é feito por meio de entrevistas telefônicas realizadas por amostras em todos os estados brasileiros. Em 2007, foram feitas 54.251 entrevistas, entre julho e dezembro. O estudo é feito anualmente, desde 2006, com adultos maiores de 18 anos.


quarta-feira, 2 de abril de 2008

Criança interior


"A criança que fui chora na estrada deixei-a ali para vir ser quem sou. Hoje vendo que o que sou e nada devo voltar para buscar quem lá ficou".


Fernando Pessoa


Refletindo nessas palavras tão profundas consegui entender como a ninha infância influencia na adulta que me tornei... preciso voltar e resgatar essa criança que necessita de colo.


Maria Fernanda