segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

FELIZ NATAL!!!!




Mais um ano chega ao fim.
É tempo de fazer um balanço de tudo o que aconteceu.
É tempo de transformarmos:
os momentos bons em novas energias, entusiasmo e principalmente esperança de todo que os nossos sonhos vão se realizar!
os momentos maus em um lembretes para não cometermos novamente os mesmos erros no ano que vem.
os momentos difíceis serem peças fundamentais de que tudo na vida passa e que esses momentos no futuro nos ajude a terem momentos felizes.
É tempo de agradecermos a Deus por todos os momentos felizes que tivemos!
Feliz Natal!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

REGRAS DE UM RELACIONAMENTO EQUILIBRADO




Um casal recém casado vai viver em sua nova casa...O homem diz: - Se quer viver comigo as minhas regras são:
1) Segundas e terças-feiras à noite vou tomar café com os amigos;

2) Quartas-feiras à noite cinema com o pessoal;

3) Quintas e sextas à noite cerveja com os colegas;

4) Sábados pescaria com a turma, retornando domingo pela manhã;

5) E aos domingos deito cedo para descansar.

Se quer... Quer... Se não quer... Azar!

Então a mulher responde: - Pra mim só existe uma regra: Aqui em casa têm sexo todas as noites. Quem está, está. Quem não está... Azar!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Marília Gabriela Lançou o Livro "Eu Que Amo Tanto".



"Eu Que Amo Tanto" conta a história de 13 mulheres que participam do MADA (Mulheres que Amam Demais). O livro é uma parceria de Marília com o fotógrafo português Jordi Burch.

Ele conviveu durante dois meses com as personagens do livro para retratá-las em fotos.
Entre as histórias narradas em primeira pessoa há a da namorada que usava o Orkut como uma maneira de seguir os passos de seu namorado e a da mulher que largou tudo para ficar outra mulher.

Livro de Hitler ganha versão mangá no Japão



'Mein Kampf', escrito na prisão pelo líder nazista, ganha 1ª versão em quadrinhos.
Dois polêmicos e famosos livros ganharam os traços do mangá no Japão. Mein Kampf (em português, Minha Luta), escrito na prisão por Adolf Hitler, chegou às livrarias japonesas em novembro. Agora, em dezembro, é a vez de O Capital, de Karl Marx.
A iniciativa foi da editora japonesa East Press, que resolveu incluir estas duas obras na sua coleção Clássicos da Literatura em Mangá.
"A idéia é oferecer ao leitor a possibilidade de ler um clássico e entender os conceitos em apenas uma hora", explicou o editor-chefe Kosuke Maruo à BBC Brasil.
Mein Kampf é um livro polêmico, pois contém as sementes da ideologia anti-semita e nacionalista que marcou o nazismo. "A idéia não é apresentar Hitler como vilão ou herói, mas apenas mostrar quem era e o que ele pensava. Não estamos preocupados com polêmicas", disse Maruo.
O editor lembra também que o livro, cuja publicação e venda são proibidas em alguns países, já foi editado no Japão. "Além disso, todo mundo já conhece a história inteira e como os nazistas pensavam", reforça ele, que diz não ter recebido até agora nenhuma reclamação de leitor.
O mangá conta a história do líder nazista, desde a infância, até culminar na Segunda Guerra Mundial. Fala também do ódio que ele sentia pelos judeus. "Vendo a história de vida dele, não dá para achar que era uma pessoa totalmente ruim. Ele era apenas uma pessoa triste", defendeu o editor-chefe.
Entre as obras conhecidas da literatura e da filosofia que viraram mangá pela East Press estão Crime e Castigo, de Dostoiévski, Fausto, de Goethe, Rei Lear, de Shakespeare, e Guerra e Paz, de Tólstoi.
No total são 27 títulos lançados até agora, sendo 13 de autores estrangeiros.
Outros dois - Os Miseráveis, de Victor Hugo, e O Desespero Humano -
Doença até a Morte, do teólogo e filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard - já estão no forno e devem chegar às livrarias no começo de 2009.
O campeão de vendas é Kanikousen, inspirado na obra do escritor japonês Takiji Kobayashi. Na seqüência vem Os Irmãos Karamasov, de Dostoiévski. "Os títulos da série são obras que as pessoas conhecem, mas não têm muita paciência para ler até o fim", justificou o editor-chefe. Daí o sucesso de vendas.
Ao todo, segundo Maruo, já foram impressos 1,2 milhão de exemplares da série toda. Marx e o recém lançado mangá de Hitler chegam ao mercado com 30 mil cópias cada.
Teorias complexas
O lançamento de O Capital em mangá não poderia vir em um momento mais apropriado.
Muitos no Japão culpam o capitalismo - principal alvo de crítica na obra de Marx - pela atual crise financeira global.
Entre os principais conceitos da obra de Marx levados para a história do mangá estão a exploração do trabalhador, as diferenças de classes sociais e o surgimento da moeda geradora do lucro. "Com a recessão econômica que o país enfrenta agora, esperamos uma boa saída de O Capital", disse Maruo.
O editor-chefe garante, porém, que não foi proposital o lançamento da obra neste atual momento de crise. "Já estava nos planos da editora", disse ele, ao lembrar que um mangá, para ficar pronto, demora até cinco meses.
Diversidade de temas
Apesar da East Press ser uma das poucas no mercado a trabalhar com clássicos da literatura mundial, o segmento de mangás no Japão já vem usando há anos os traços orientais dos desenhos para explicar diversos temas.
Relações diplomáticas com a China, degustação avançada de vinhos, epidemia da gripe aviária, parábolas da Bíblia e até a nossa capoeira já viraram mangá no país. O formato compacto, o baixo custo e a linguagem popular ajudam a transformar este tipo de publicação em sucesso de vendas.BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Aids: Todos contra ela. Cresce o número de mulheres vítimas da doença.





Por Anna Mocellin

28/11/2008


Embora no Brasil a epidemia de Aids seja considerada estável, ainda é grande o número de vítimas da doença. Segundo o Boletim Epidemiológico Aids/DST 2008, entre 1980 e 2007 foram registrados mais de 500 mil casos e 200 mil óbitos no país. Neste ano, em que é realizado o 20° Dia Mundial da Luta Contra a Aids, o Ministério da Saúde lança campanha com o foco em homens com mais de 50 anos e já prepara uma campanha voltada especialmente para o sexo feminino. Os números impressionam: a taxa de incidência para cada 100 mil mulheres saltou de 9,3, em 1996, para 14,2, em 2005.
Não há mais um grupo restrito de pessoas ou de mulheres que podem vir a ser contaminadas: a Aids as atinge em qualquer idade – inclusive vêm aumentando os casos de idosas portadoras da doença. Por que isso vem acontecendo? Se antes se falava em grupos de risco, como usuários de drogas injetáveis, homossexuais e profissionais do sexo, hoje não se pode ao menos definir um perfil dos portadores da doença. É o que argumenta Carmen Lent, coordenadora do Banco de Horas, entidade de apoio a portadores de HIV/Aids no Rio de Janeiro. "Não existe mais um perfil comum às pessoas com Aids. Atualmente, sabemos que qualquer pessoa sexualmente ativa pode ser infectada pelo HIV. As pessoas não-testadas, casadas ou não, não são necessariamente soronegativas, mas sim sorointerrogativas", afirma.

O dilema da camisinha


O aumento de casos entre mulheres vai muito além da idéia de liberdade sexual ou da promiscuidade, que também são motivos de contaminação. Pelo contrário. Muitas delas – não importa a idade ou o estado civil – ainda se prendem ao medo de pedir ao parceiro que coloque a camisinha na hora da relação. Segundo a ginecologista, obstetra e sexóloga Mariana Maldonado, a mulher tem maior vulnerabilidade biológica à contaminação. "A vagina é uma importante porta de entrada para o vírus, principalmente se a mulher apresenta alguma infecção, sexualmente transmissível ou não", explica. Estudos do Ministério da Saúde apontam que a difícil negociação quanto ao uso do preservativo é um dos principais motivos pelos quais as mulheres vêm sendo infectadas. Mulheres casadas, então, sofrem ainda mais com esse problema, pois têm medo que os maridos interpretem o pedido como um sinal de desconfiança. Porém, se esquecem que podem ser contaminadas por eles mesmos. O condicionamento social, que "determina" que as mulheres casadas confiem cegamente na fidelidade de seus maridos, leva muitas delas a descobrirem – muitas vezes tardiamente – que são portadoras da doença. O pior é que, em muitos casos, os homens sabem que são portadores do vírus e escondem de suas parceiras ou esposas. "Isso sem falar nas questões culturais em uma sociedade machista, em que muitos homens pensam que são donos de suas mulheres e podem fazer o que bem entenderem dentro e fora de casa. Isso resulta, muitas vezes, em práticas de violência, inclusive sexual, que pode levar à contaminação", assinala Mariana Maldonado.


Deu positivo. E agora?


A descoberta da doença é um choque para qualquer pessoa. Mas, segundo a coordenadora do Grupo de Apoio às Mulheres com HIV, do Grupo Pela Vidda do Rio de Janeiro, Valéria de Paula, ele é mais intenso nas mulheres. "Quando se descobrem portadoras do HIV, muitas acreditam que não poderão mais se relacionar afetivamente com outro parceiro. Pensam, também, na família e no trabalho. A perspectiva de vida acaba, levando a uma morte social e à exclusão", relata. Carmen Lent, do Banco de Horas, diz que a reação à notícia varia de acordo com uma série de fatores. "Depende das condições psicológicas, classe econômica, educação, nível de informação, idade, estado civil e contextos familiar e social da mulher que recebe a notícia". A reação da família, dos amigos e do parceiro também assusta. Valéria de Paula salienta que a discriminação sobre as mulheres soropositivas é mais dura porque elas são culturalmente preparadas para cuidar da família. Com isso, ao revelar serem portadoras do vírus, sofrem um julgamento moral. "Um fato interessante é que as casadas, mesmo com a descoberta do HIV, muitas vezes são pressionadas pela família a cuidar do parceiro até a morte", comenta. Mas isso não significa que o caminho das portadoras do HIV seja feito somente de discriminação. "A maioria recebe o apoio das pessoas que ama", diz Valéria. Quem tem filhos, é claro, sofre bastante ao pensar no futuro deles. Em sua experiência na coordenação do Grupo de Apoio às Mulheres, Valéria notou que mães portadoras do vírus HIV se preocupam, antes de tudo, com a saúde dos herdeiros – sejam eles soropositivos ou não. Depois, pensam na criação, na alimentação, no sustento e nos medicamentos.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Um dia você aprende que ...



Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contrato que presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. •.E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se leva anos para se construir confiançae apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescermesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você é na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamoscom palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que você mesmo pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chutequando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiênciaque se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não lhe dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você querque ame, não significa que esse alguém não o ama, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga,você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar...que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.


domingo, 23 de novembro de 2008

BRASILEIROS VÊEM COTA COMO ESSENCIAL E HUMILHANTE.




ANTÔNIO GOIS

da Folha de S. Paulo, no Rio


Polêmicas desde que começaram a ser implementadas, em 2002, no Brasil, as cotas para negros nas universidades continuam dividindo opiniões. Se, por um lado, 51% da população se diz a favor da reserva de vagas para negros, por outro, 86% concordaram com a afirmação de que as cotas deveriam beneficiar pessoas pobres e de baixa renda, independentemente da cor.
As respostas seguem contraditórias quando 53% dos brasileiros concordam que cotas são humilhantes para negros, mas, ao mesmo tempo, 62% dizem que elas são fundamentais para ampliar o acesso de toda a população à educação. Também 62% dizem que elas podem gerar atos de racismo.
Leituras diversas
Como era esperado, o resultado da pesquisa do Datafolha gerou leituras diversas de críticos e de pessoas favoráveis ao sistema.
A antropóloga Yvonne Maggie, contrária à reserva de vagas por cor ou raça, destaca a incoerência dos resultados do levantamento. Para ela, no entanto, é natural que, dependendo da forma como a pergunta é feita, a população concorde com a idéia de dar vantagens àqueles que se sentem mais discriminados.
"Quem vai negar vantagens aos que dizem ser mais discriminados? As pessoas, no entanto, acreditam no esforço pessoal e também são favoráveis ao mérito, até em percentual maior. Também acham que as cotas podem provocar racismo. Será que estão fazendo o cálculo de que é melhor racismo, contanto que as pessoas ganhem alguns privilégios?", questiona a antropóloga.
Aceitação
Renato Ferreira, do Laboratório de Políticas Públicas da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e defensor do sistema, diz não ter dúvidas de que há uma aceitação à política de cotas.
"Os meios de comunicação, via de regra, se manifestam contrariamente. Se sai algo positivo, quase não comentam. Se é negativo, isso reverbera. Dentro desse contexto, acho significativo que a maioria da população hoje concorde com as cotas raciais", afirma.
Ferreira fez um levantamento que mostra que, no Brasil, já há 82 instituições públicas adotando algum critério de ação afirmativa no acesso ao vestibular, seja ele de cotas ou de bonificação extra para alunos por sua cor, renda ou tipo de escola cursada no ensino médio.
As ações afirmativas em exames de ingresso, no entanto, estão sendo contestadas numa ação que ainda não foi julgada pelo Supremo Tribunal Federal. Até agora, essas universidades têm conseguido manter nas instâncias inferiores da Justiça seus sistemas.
O STF, porém, ainda não julgou uma ação movida pela Confenen (Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino) contra o ProUni, programa do governo federal que adota ações afirmativas na distribuição de bolsas para estudo em instituições privadas. Caso declare inconstitucional esse critério, a decisão afetará as instituições públicas.
"A Constituição determina que ninguém terá tratamento desigual perante a lei e que o acesso ao ensino superior se dá por mérito. Na reserva de vagas, há uma discriminação ao contrário, e entendemos que isso é ilegal", diz Roberto Dornas, presidente da Confenen.
Qualidade
Enquanto não há decisão definitiva, as universidades que divulgaram resultados sobre o desempenho acadêmico dos cotistas têm defendido que isso não afetou a qualidade.
Ricardo Vieralves, reitor da Uerj, uma das pioneiras, diz que houve necessidade de criar aulas de reforço, mas que os alunos que se formam saem com a mesma qualidade. Ele afirma também que não foram registrados casos de racismo.
Adriana Pastor, 23, que entrou no curso de odontologia da Uerj graças às cotas, diz não ter percebido diferenças no desempenho entre cotistas e os demais. "Acho que fui uma das melhores alunas de minha turma e não percebi nenhum tipo de preconceito entre meus colegas. Para mim, a maior dificuldade do curso foi que o material era muito caro", diz.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

ELES QUEREM FALAR DE SEXO




Crianças e adolescentes estão descobrindo a sexualidade e os limites do próprio corpo. Veja aqui como ajudá-los a enfrentar essa fase tão importante da vida sem mitos nem atropelos (tanto em casa como na escola) wrAutor ('Paola Gentile','','')




''Professora, por que a minha xereca pisca quando vejo um homem e uma mulher se beijando na televisão?''
A pergunta, feita por uma aluna de 8 anos para a orientadora educacional Dilma Lucy de Freitas durante uma aula para a 3ª série de uma escola particular de Florianópolis, poderia provocar diversas reações na professora. Se ela mostrasse espanto e indignação, por exemplo, as crianças deduziriam que sentir essas coisas deve ser anormal. Se fingisse não ter escutado, os pequenos achariam que é melhor não falar sobre o corpo (e, mais tarde, sobre a sexualidade). Dilma respondeu que o corpo recebe estímulos: um cheiro gostoso de comida faz a gente sentir vontade de comer e um vento frio faz a pele se arrepiar. Do mesmo modo, algumas imagens (como o casal que se beija) estimulam os órgãos sexuais e por isso a vagina se contrai ("pisca"). A aluna, satisfeita com a informação, foi brincar. Desde bebês, sentimos prazer em tocar o próprio corpo e descobrir as diferentes sensações que ele nos proporciona. Fingir que as crianças não passam por esse processo é negar a realidade. O sexo é parte da vida das pessoas (aliás, uma parte importante e muito boa) e é por essa razão que a escola e a família devem ajudar a construir nos pequenos uma visão sem mitos nem preconceitos. "Esse é um tema que envolve sentimentos e desejos e, portanto, não pode ser abordado só com explicações sobre o funcionamento do aparelho reprodutor e palestras médicas. A orientação sexual deve ser feita com afeto", afirma Antonio Carlos Egypto, psicólogo e coordenador do Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orientação Sexual (GTPOS), em São Paulo. O constrangimento dos pais em tratar do assunto aumenta a falta de informação dos jovens e faz com que a escola se torne o principal espaço de educação sexual (vale lembrar que a orientação sexual é um dos temas transversais previstos nos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN). Nesta reportagem, você vai encontrar histórias como a de Dilma - que ocorrem diariamente nas salas de aula do país - e saber como lidar com essas inquietações das crianças. Nos quadros que acompanham cada caso, a educadora sexual Maria Helena Vilela, do Instituto Kaplan, em São Paulo, sugere algumas boas práticas para adotar em casa e na escola. São dicas preciosas para todos os professores - de qualquer área do conhecimento - trabalharem com os estudantes no dia-a-dia e também para pais e mães interessados na boa formação de seus filhos. Se a escola tiver um programa de educação sexual, vale a pena conversar com os familiares sobre ele. Veja também a melhor postura em aulas sobre sexualidade e como dar orientação sexual para alunos com deficiência.


Para não quebrar o clima

Carole Henaff


As aulas sobre sexualidade são marcantes para os jovens, pois nelas eles aprendem a conhecer seus desejos, necessidades e afetos (e a lidar com eles). Sua postura ao tratar do assunto é muito importante. Por isso, os especialistas recomendam prestar atenção nos seguintes detalhes: Qualquer dúvida, por mais simples que pareça, é relevante e pertinente. Ouvir, mais do que falar, é a melhor conduta. Estimule o debate e deixe os estudantes tirarem as próprias conclusões. Caso alguém pergunte, sua opinião sobre o tema deve ser dada no final da discussão. Apresente informações científicas sempre que necessário, sem emitir juízos. Para não expor ninguém, o ideal é levantar dúvidas sem personalizar (os estudantes encaminham as questões por escrito ou produzem cartazes em que todos escrevem o que já sabem sobre determinado assunto). Perguntas sobre a conduta pessoal dos alunos são constrangedoras, pois pode parecer que você quer policiar as atitudes deles. Mantenha a discussão genérica, sem se intrometer na intimidade da garotada. Jogos e dinâmicas (além de discussões em pequenos grupos) favorecem a participação dos mais tímidos.Faça um "contrato" com a turma para garantir que tudo o que for discutido não será usado em comentários maldosos nos corredores nem para julgar os colegas. O respeito é o caminho para o bom aprendizado.


Homossexualidade

A chave é o respeito

Carole Henaff


O fato de um garoto apresentar trejeitos femininos ou uma garota gostar de carrinhos não significa que eles se tornarão homossexuais. Do mesmo modo, o menino que joga bola e a menina que brinca de boneca não necessariamente serão heterossexuais no futuro. Essa característica se define por volta dos 14 ou 15 anos, quando o jovem passa a se interessar sexualmente por outra pessoa. Juny Kraiczyk, psicóloga do Ecos Comunicação em Sexualidade, em São Paulo, diz que o papel do educador diante de manifestações contra a suposta homossexualidade de um estudante é discutir o respeito às diferenças e garantir a integridade física e moral dos jovens. Em parceria com a organização não- governamental Cidadania, Orgulho, Respeito, Solidariedade e Amor (Corsa), em São Paulo, o Ecos desenvolveu um curso de capacitação para prevenir a homofobia em 31 escolas da zona oeste de São Paulo. A professora de Artes Neide Aparecida Mackert fez o curso e, graças ao que aprendeu, conseguiu contornar uma situação difícil na Escola Estadual Marquês Visconde de Tamandaré, em São Paulo. Em sua turma de 2º ano do Ensino Médio, no ano passado, um garoto com voz mais fina, que tinha um estilo descolado de se vestir, era alvo de piadinhas maldosas. Num debate sobre homossexualidade, dois alunos não conseguiram ficar nos argumentos biológicos, psicológicos, sociais ou culturais e insinuaram com ironia que havia um gay na classe. Neide perguntou se era possível garantir, apenas pelas aparências, se uma pessoa é ou não homossexual. Todos entraram na discussão e foi possível falar de homofobia e estereótipos. Neide ensinou duas lições: a necessidade de respeitar as diferenças e de refletir sobre como sofre quem não tem o comportamento-padrão imposto pela sociedade. Na escola não seja cúmplice dos alunos nos comentários preconceituosos. Acolha e fortaleça os jovens que se isolam do grupo por ter comportamento diferente do padrão, elogiando seu trabalho sempre que possível. Promova um debate franco sobre a necessidade de respeitar as diferenças. Em casa se a maneira de seu filho se comportar foge aos padrões estabelecidos e isso incomoda você, deixe claro quais são os valores masculinos e femininos aceitos pela sociedade. Não se sinta desrespeitado se seu filho for homossexual. Quanto mais cedo ele for acolhido (se for o caso, também com a ajuda de uma terapia), menos problemas de auto-aceitação terá.


Masturbação

A descoberta do corpo erótico

Carole Henaff


A turma de 6ª série de Simone dos Santos Araújo, da Escola Estadual Professor Caran Apparecido Gonçalves, em São Paulo, estava entretida numa lição sobre répteis. Mas uma aluna estava incomodada. - Professora, os meninos da última fila estão agitados, fazendo uns barulhos... Sem se desviar do tema da aula, ela andou pela sala e percebeu dois garotos se masturbando. Ao se aproximar, eles tentaram disfarçar. Ela apoiou-se na carteira de um deles e comentou baixinho:- Sei que o que estão fazendo é gostoso, mas aqui não é o lugar adequado. Vocês não estão prestando atenção na aula e estão atrapalhando os colegas. Tudo bem parar agora?- Xi, professora, foi mau! Nunca mais os dois repetiram o comportamento na escola. E, algum tempo depois, ela conversou com a turma para resolver dúvidas sobre masturbação. Descobrir o corpo e como ele pode dar prazer (o corpo erótico) faz parte do desenvolvimento da criança. Ao perceber a sensação gostosa que o toque provoca, ela vai querer repetir o ato. Uma conversa como a de Simone - discreta, sem expor ou humilhar ninguém - ajuda a definir o limite entre o privado e o público, sem julgar o ato em si. Na maioria dos casos, o aluno ou a aluna se masturba por prazer, o que é absolutamente normal. Mas masturbar-se em público, obviamente, não é aceitável. Se isso se repetir com algum estudante, o ideal é conversar com a coordenação ou a orientação pedagógica para avaliar se é o caso de chamar os pais. "Proibir é lutar contra a natureza: o jovem vai masturbar-se escondido e acabar se sentindo culpado por não corresponder às expectativas dos adultos", afirma a consultora Maria Helena Vilela. Simone, de São Paulo, resolve as dúvidas dos alunos sobre masturbacão mostrando esquema do corpo feminino: questões dentro de uma bexiga, para não expor ninguém. Na escola se uma criança se masturbar na sala de aula, chame-a para outra atividade. Mais tarde, diga a ela que tocar nos órgãos sexuais é gostoso, mas não deve ser feito na frente dos outros. Caso o ato se repita depois de várias conversas, investigue as possíveis causas (micose, que provoca coceira, ou outro problema que a criança possa estar enfrentando).Em casaExplique a diferença entre o privado (aceitável quando se está sozinho) e o público (aceitável no convívio com outras pessoas). Caso a criança esteja se masturbando no quarto ou no banheiro, sem chamar a atenção de ninguém nem se expondo, não interfira. Se seu filho estiver se tocando na frente de outras pessoas, desvie a atenção dele para outra coisa e depois converse com ele a sós.


Meu corpo

Será que ele é igual a mim?

Carole Henaff


Quando pequenos, meninos e meninas começam a descobrir as características do próprio corpo. Por que os garotos têm "pipi" e as meninas, "xoxota"? E eles investigam mesmo. O coordenador pedagógico Marcelo Cunha Bueno, da Escola Estilo de Aprender, em São Paulo, afirma que a curiosidade é tanta que os pequenos se escondem debaixo das mesas ou procuram respostas ali mesmo, no meio da sala de aula. Uma vez ele viu dois garotos de 4 anos com as calças abaixadas conferindo se ambos tinham "pipi". Ele pediu que os dois se vestissem e fossem brincar no pátio. E explicou que é legal querer conhecer o corpo do outro, mas que aquela era hora de estudar. Por volta dos 2 ou 3 anos, depois que a criança já aprendeu a andar e a falar, a curiosidade (inclusive a sexual) vem à tona. É normal que, além de ver, ela queira tocar. Essa brincadeira não traz nenhum prejuízo físico ou psicológico. Não há erotização nesse contato e ele não deve ser interpretado como desvio de comportamento.Na escola a conversa sobre o que pode e o que não pode ser feito em público é sempre bem-vinda. Mostre figuras ou modelos do corpo humano e apresente o nome correto dos órgãos sexuais. Em casa se você não se incomodar em ver seu filho e outra criança da mesma idade nessa situação, deixe-os esgotarem a curiosidade. Logo eles partirão para outra brincadeira. Se não concordar, diga a eles que isso o incomoda e explique por quê.


Parceria de sucesso

Carole Henaff


As escolas com programas de educação sexual costumam comunicar os pais sobre a iniciativa antes de iniciar as aulas.Geralmente a idéia é bem acolhida. Mas muitas famílias temem que as conversas levem a uma iniciação precoce da vida sexual do adolescente, o que (obviamente) não é o objetivo do colégio. Por isso, nas conversas com os familiares, cabe aos professores:Mostrar que a educação sexual está prevista nos PCN e faz parte do projeto pedagógico. Enfatizar que o papel da escola é passar informações científicas e propiciar o debate de temas pertinentes à idade de cada turma, tentando com isso aplacar as angústias dos adolescentes em relação ao tema. Explicar que o objetivo maior é fazer com que os jovens tenham uma vida saudável e entendam o que acontece com eles quando os hormônios estão em ebulição. Deixar claro que os valores morais e religiosos da família não serão questionados em nenhum momento. Convidar os pais, sempre que possível, a participar de um bate-papo em sala de aula com os estudantes (eles podem contar como lidavam com a sexualidade quando eram adolescentes e, diante de um grupo grande de jovens, sem a pressão de estar "a sós" com o filho, ouvir os dilemas da moçada de hoje). Proporcionar atividades paralelas aos alunos cujos pais se oponham à participação do filho nas atividades de educação sexual.


Enfrentando os adultos

Em busca de mais informação

Carole Henaff


Rosa Cristina Albuquerque Pires, professora de Ciências da Escola Estadual de Educação Básica Irineu Bornhausen, em Florianópolis, tem o hábito de passar um paninho na mesa e na cadeira antes de começar suas aulas. Um dia, ao entrar na sala da 5a série, viu um pênis desenhado em sua cadeira. Mesmo assim, sem nada comentar, sentou-se. Foi o suficiente para os meninos começarem a gemer e a assobiar. Ela perguntou:- Vocês estão passando mal?- Não, professora! É que a senhora sentou...- Sentei onde?- No bilau... (gritos e gargalhadas)- Bilau rima com carnaval! (risos envergonhados). E depois, não sentei num pênis, mas em uma representação dele. Graças à experiência adquirida no contato com os adolescentes (e à capacitação oferecida pela Universidade Estadual de Santa Catarina), Rosa sabe que eles querem resolver alguma dúvida quando começam com essas gracinhas e supostas "provocações". Por isso, ela não hesita em mudar o programa. Pára a aula e verifica as necessidades da turma. "É o que chamo de educação sexual que não só informa mas também entende as angústias dessa fase da vida ." Naquele dia, a conversa, é claro, foi sobre relações sexuais: quando ter a primeira, se a menina pode transar menstruada etc. Todos escreveram suas questões num pedaço de papel, sem assinar, ou em um cartaz (assim, ninguém se expõe de forma desnecessária). O consultor Antonio Carlos Egypto destaca que muitas vezes o jovem age dessa maneira para mostrar ao grupo que consegue lidar com a sexualidade - o que raramente é verdade. Em outras palavras, ele quer descobrir se o adulto está ali para policiá-lo. "Se a classe perceber que o professor não tem jogo de cintura, fatalmente vai afrontá-lo." Tudo isso porque a moçada quer informação. No quadro-negro, os termos vulgares e os corretos para nomear os órgãos sexuais; nos cartazes, as dúvidas dos estudantes sobre sexualidade: assim, Rosa, de Florianópolis, consegue driblar as supostas provocacões da turma e, ao mesmo tempo, ensinar: "É uma educação que entende as angústias dos adolescentes"Na escolaAproveite as "provocações" para iniciar uma conversa sobre sexualidade. Não leve comentários dos alunos para o lado pessoal nem se sinta agredido por eles.Se alguns estudantes quiserem mostrar que conhecem "muuuuito" sobre sexo, tente outra abordagem: pergunte como os jovens agem hoje e conte como era na sua época. Entre um comentário e outro, você perceberá brechas para intervir com as informações necessárias. Em casa seu filho não age assim para agredir. Ele quer saber mais sobre o tema (ou conhecer a posição dos pais). Ouvir o jovem é a única maneira de identificar a razão do enfrentamento.

Gravidez e aids

O futuro em suas mãos

Carole Henaff


Carole Henaff


"O que eu vou ser quando crescer? Como será minha vida daqui a alguns anos?" Procurar respostas para perguntas como essas é uma maneira de os jovens se sensibilizarem sobre a importância de prevenir uma gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis, como a aids. Os adolescentes que se arriscam a ter um filho sem planejamento ou a contrair doenças graves geralmente não conseguem perceber que cuidar de si mesmo é o melhor jeito de evitar perdas no futuro. Em 1999, 27% dos partos realizados na Santa Casa de Ourinhos (SP) foram de mães adolescentes. No ano seguinte, a Fundação para o Desenvolvimento da Educação iniciou o programa Prevenção Também se Ensina. Em 2005, a incidência de gravidez entre menores de 16 anos caiu quase à metade, baixando para17% os partos de mães adolescentes. A Escola Estadual Ari Correa é uma das que participam da capacitação. O professor de Ciências Ademar Francisco da Silva faz dinâmicas para debater os problemas de uma gravidez indesejada e as doenças causadas pelo sexo sem preservativos. Ele também leva para as salas de 7a e 8a séries camisinhas masculinas e femininas, cartelas de pílulas, pílulas do dia seguinte e DIU. Tudo para ensinar os jovens a usá-los corretamente. Dinâmica do farol feita por Ademar, de Ourinhos, para debater gravidez precoce com alunos de 7ª e 8ª séries: o que é perigoso, o que merece atenção e o que é permitido. Na escola Abra espaço para que todos pensem no futuro e projetem sua vida para daqui a cinco ou dez anos. Fale sobre métodos contraceptivos e como devem ser usados. Destaque a importância de prevenir a gravidez e as doenças sexualmente transmissíveis. Caso uma adolescente engravide, acolha-a para que ela não abandone a escola. Oriente a aluna grávida a procurar o serviço de saúde e mostre a importância dos exames pré-natais. E lembre que, durante a licença-maternidade, ela tem o direito de fazer as provas em casa. Em casa Conversar é sempre o melhor jeito de explicar a seu filho a importância de ser bem informado em questões de sexualidade. Admitir a sexualidade do filho e saber que ele está pensando em sexo já é um bom caminho. Negar isso é fechar as portas para o diálogo. Acolha sua filha se ela engravidar. Certamente ela vai ter muito mais dificuldades de lidar com um bebê sem o seu apoio.


Imitando adultos

Quero ser grande

Carole Henaff


Um ardente beijo na boca. Um casal deitado na cama trocando carícias sob o lençol. Corpos nus rebolando. Na televisão, imagens como essas são comuns. E as crianças pequenas são expostas a elas sem saber o que significam. O resultado é que elas acabam querendo imitar esses comportamentos. A professora da 1a série Ruth das Chagas Neves, da Unidade Integrada José Augusto Mochéu, em São Luís, enfrenta situações desse tipo diariamente. Para satisfazer a curiosidade da turma e iniciar um trabalho de educação sexual, ela leva para a classe bonecos sexuados que ajudam a mostrar as diferenças entre o corpo do homem e da mulher (os bonecos maiores, Gertrude e Gervásio, têm os órgãos sexuais móveis). Vários colegas de Ruth foram capacitados pela Plan Brasil e pelo GTPOS e hoje a escola mantém um trabalho permanente sobre sexualidade. Experiências de imitar os adultos podem levar a descobertas quando feitas em clima de brincadeira. Mas atenção: se a criança mostrar agressividade ou medo no contato físico, ela pode estar sendo vítima de abuso sexual. Mostre-se aberto a escutá-la para ter mais informações e procure a coordenação pedagógica ou a direção caso seja necessário. Alunos da professora Ruth, de São Luís, fazem os prórprios bonecos, inspirados na Família Colchete (ao fundo): brincadeira para entender o comportamento dos adultos e aprender sobre o corpo humano. Na escola Procure saber onde os pequenos viram o comportamento que estão imitando e o que eles sabem a respeito. Trate a imitação como uma atitude normal para a idade e aproveite para falar sobre sexualidade. Se a criança mostrar-se muito erotizada, chame os pais para tentar entender os motivos dessas atitudes. Em casa Preste atenção nas brincadeiras de seu filho e, caso ele esteja imitando comportamentos adultos, descubra onde ele presenciou aquilo. Verifique se os programas de TV que ele vê são adequados para a idade. Se os valores passados por determinado programa não forem os mesmos da família, assista junto com ele e explique por que tais comportamentos são reprováveis.


Hormônios em ebulição

Carinhos sem ter fim

Carole Henaff


No Colégio I. L. Peretz, em São Paulo, o namoro entre os alunos é visto como normal e saudável. Contudo, no ano passado, o romance entre uma garota da 7ª série e um menino do 1o ano do Ensino Médio mexeu com a escola. O jovem casal costumava procurar cantos isolados para trocar carícias tão calorosas que uma turma de 5ª série fazia fila para assistir. Na primeira conversa com a orientação pedagógica, os dois ouviram que não deveriam se esconder. A esperança era de que, em público, a atitude mudaria. Não foi o que ocorreu. Ao contrário, os amassos passaram para o pátio, a porta da escola, os corredores - e pais, alunos e funcionários ficaram incomodados com a situação."Os jovens estavam testando os limites", lembra o orientador educacional Bruno Weinberg. "Por isso, tivemos de deixar claro até onde eles poderiam ir." Sem partir para a repressão ou a proibição, ele explicou que as intimidades entre namorados são normais, mas que a escola não é lugar para isso. Para Maria Helena Vilela, o que faz o adolescente agir assim são as mensagens dúbias que ele recebe (seja da mídia e dos amigos, seja da família ou da escola). Por isso, o melhor é mesmo conversar e estabelecer o que os jovens podem fazer, onde e como. No Colégio Peretz, em São Paulo, os estudantes podem namorar, desde que respeitem algumas regras claras: limites definidos sem repressão nem proibição Na escola Discuta as regras com todos os professores e funcionários para que as mensagens sobre limites sejam coerentes. Deixe claro para os alunos o que é permitido e o que é proibido, explicando os motivos. Em casa Analise o que você suporta ou não dentro de casa. É direito dos pais controlar o comportamento dos filhos. Tenha disponibilidade para ouvir seu filho e construir as regras com ele.


A importância da inclusão

Carole Henaff


Pessoas com deficiências físicas, mentais ou sensoriais manifestam sua sexualidade tanto quanto os demais. O problema é que muitos os consideram "anormais" e, portanto, vêem essas atitudes também como anomalias, segundo o pesquisador Hugues Ribeiro, do Departamento de Educação Especial da Universidade Estadual Paulista em Marília (SP). Ele recomenda tratamento igual para todos, com abordagem adaptada ao tipo de deficiência do aluno.Com alunos com deficiência mental, é preciso tornar as informações mais acessíveis e repeti-las várias vezes usando linguagem simples, material concreto ou exemplos. Caso um aluno insista em passar a mão nos colegas, por exemplo, fale que isso não pode ser feito sem a concordância da outra pessoa e que existem situações em que o toque é permitido e outras em que não. Para facilitar a compreensão, mostre gravuras de cenas do cotidiano e pergunte em quais tocar é permitido. No consultório, o médico pode examinar o paciente? E no ônibus, um passageiro pode passar a mão nos outros? Entre dois namorados isso é aceitável? E com os colegas da escola?Geralmente quem tem deficiência física apresenta auto-estima corporal baixa por não se enquadrar no "padrão de beleza". Falar do corpo, para eles, costuma ser difícil. Ajude- os contando histórias de pessoas com deficiência que se realizaram pessoal e profissionalmente. E adapte as atividades de sala de aula para incluí-los.Alunos com deficiência visual precisam de material concreto para manipular, como modelos dos órgãos sexuais e esquemas em alto-relevo. Já quem tem deficiência auditiva nem sempre consegue explicar suas dúvidas para o educador, que muitas vezes tem dificuldade para transmitir as informações a eles. A solução é usar muitas figuras, diagramas e esquemas para facilitar a visualização e a assimilação dos conteúdos.


Quer saber mais?


Dilma Lucy de Freitas, dlfreitas@terra.com.br
BibliografiaAdolescência: O Despertar do Sexo, Içami Tiba, 216 págs., Ed. Gente, tel. (11) 3670-2500, 28,90 reaisA Educação Sexual da Criança, Cesar Nunes e Edna Silva, 144 págs., Ed. Autores Associados, tel. (19) 3289-5930, 16 reaisO Anjo e a Fera: Sexualidade, Deficiência Mental, Instituição, Alain Giami, 203 págs., Ed. Casa do Psicólogo, tel. (11) 3034-3600, 25 reaisSexo, Prazeres e Riscos, Antonio Carlos Egypto, 94 págs., Ed. Saraiva, tel. (11) 3613-3030, 27,90 reaisSexo se Aprende na Escola, Marta Suplicy e outros, 119 págs., Ed. Olho d'Água, tel. (11) 3673-1287, 24 reais
MAIS INFORMAÇÕES NO BLOG: CHEGADESOFRERCALADO

Só por hoje.



Só por hoje direi que estou de mal com a depressão e se ela der as caras aplicar-lhe-ei vinte bofetões de alegria. Só por hoje darei alta aos analistas, psicólogos, psiquiatras, conselheiros, filósofos e proclamarei que se antes eu era porque era o que eu era, agora sou o que sou porque sou tão feliz quanto penso que sou. Como penso que sou feliz, logo sou. Só por hoje direi que a vida é uma festa, acreditarei que a vida é uma festa e farei da festa a minha vida. Só por hoje admitirei que todo homem nasce feliz, passa a infância feliz, depois cresce e esconde a felicidade para que não a roubem, só que daí esquece onde a colocou. Mas só por hoje lembrarei que estás na minha mente. Só por hoje rirei à toa e contar-me-ei uma piada tão velha quanto a história daquele sujeito que olhava por cima do óculos para não gastar as lentes. Só por hoje, revelarei ao mundo que sou feliz e chamarei de absurda toda opinião contrária. Só por hoje acreditarei que ri melhor quem ri por si mesmo. Já estou rindo. Só por hoje informarei a todos que sou tão feliz quanto resolvi ser. Só por hoje guardarei a seriedade no baú e deixarei que a criança interior brinque comigo o tempo todo. Só por hoje estarei tão bem-humorado que rirei até até daquele anúncio que diz: "Vende-se uma mala por motivo de viagem." Só por hoje admitirei que ser feliz é tão simples quanto dizer que sou feliz. Só por hoje estarei tão feliz que não sentirei falta de sentir falta da felicidade. Só por hoje expulsarei da minha casa a tristeza e hospedarei a alegria, o sorriso e o bom-humor. Só por hoje abrigarei a felicidade sob o meu teto, vesti-la-ei com roupas do bem-estar, dar-lhe-ei a comida do sorriso, a bebida da alegria e a divertirei com conversas agradáveis e positivas. Só por hoje me divorciarei do passado, romperei o namoro indecoroso com os males do presente e casarei indissoluvelmente com a felicidade. Só por hoje hastearei a bandeira do bom-humor sobre meu próprio território. Só por hoje decidirei que sou definitivamente FELIZ.


Paulo Trevisan

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

E Depois?



"Não é ocioso apenas o que nada faz, mas é ocioso quem poderia empregar melhor o seu tempo."

Sócrates


O ser humano é o único dotado de razão, por isso é chamado de racional. Ser racional é raciocinar com sabedoria, é saber discernir, é pensar, utilizando o bom senso e a lógica antes de qualquer atitude. Todavia, boa parte de nós não agimos com a sabedoria necessária para evitar problemas e dissabores perfeitamente evitáveis. Costumeiramente, agimos antes e pensamos depois, tardiamente, quando percebemos que os resultados da nossa ação nos infelicita.

Paulo, o Apóstolo, que tinha a lucidez da razão, adverte com sabedoria: "tudo me é lícito, mas nem tudo me convém". Quis dizer com isso que tudo nos é permitido, mas que a razão nos deve orientar de que nem tudo nos convém. Do ponto de vista físico, quando comemos ou bebemos algo que nos faz mal, não pensamos no depois, mas o depois é fatal. Se nosso organismo é frágil a certos tipos de alimento, devemos pensar nas conseqüências antes de ingeri-los, mesmo que a nossa vontade diga o contrário. Perguntemo-nos: e depois? Como será depois? Lembremos da gaseificação, do mal estar e de outros distúrbios que advirão.

Se temos vontade de fazer uso de drogas, sejam elas socialmente aceitas ou não, pensemos antes no depois. Será que suportarei corajosamente as enfermidades decorrentes desses vícios? Ou será um preço muito alto por alguns momentos de satisfação? Quando sentimos vontade de usar o cartão de crédito, pela facilidade que ele oferece, costumamos pensar no depois? Pensar em como vamos pagar a conta? Quando recebemos o convite das propagandas para o consumo desenfreado, ponderamos racionalmente sobre a necessidade da aquisição, ou compramos antes para constatar, logo mais, que não necessitamos daquele objeto? No campo da moral não é diferente. Quando surgir a vontade de gozar alguns momentos de prazer, pensemos: e depois? Quais serão as conseqüências desse ato que desejo realizar? Será que as suportarei corajosamente, sem reclamar de Deus nem jogar a responsabilidade sobre os outros? Certo dia, conversando com um fiscal aposentado, ouvimo-lo falar a respeito do vazio que sentia na intimidade e da consciência marcada pelos atos inconseqüentes que praticara durante a vida. Buscou, na atividade profissional, tirar proveito de todas as situações. Arranjava tudo com algum "jeitinho" e com muita propina, mas nunca havia pensado no depois.

...E o depois chegou. A velhice o alcançou como alcança as pessoas honestas, mas a sua consciência trazia um peso descomunal, e uma sensação desconfortável lhe invadia a alma. Não conseguia olhar nos olhos dos filhos e netos, sem pensar no quanto havia sido inescrupuloso. Sem pensar no tipo de sociedade que havia construído para legar aos seus afetos. Dessa forma, antes de tomar qualquer atitude, questionemos a nós mesmos: e depois?

Melhor que resistamos por um momento e tenhamos paz interior, do que gozar um minuto e ter o resto da vida para se arrepender.


Equipe de Redação do Momento Espírita.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Obá um Prêmio novo !





Ganhei esse lindo presente da minha querida amiga Renatinha do blog renataemy.blogspot.com
Indico para:
Tânia Regina do blog taniadefensora.blogspot.com
Lola do blog umaconscienciacoletiva.blogspot.com
Jeanne do blog conscienciaevida.blogspot.com

Amigas e amigos da blogosfera queria pedir desculpa por estar sumida... estou trabalhando muito.

Muito obrigada querida renatinha.

COISAS QUE APRENDI COM VOCÊ




Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você pegar o primeiro desenho que fiz e prendê-lo na geladeira, e, imediatamente, tive vontade de fazer outros para você.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você dando comida a um gato de rua, e aprendi que é legal tratar bem os animais.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você fazer meu bolo favorito e aprendi que as coisas pequenas podem ser as mais especiais na nossa vida.
Quando você pensava que eu não estava olhando, ouvi você fazendo uma oração, e aprendi que existe um Deus com quem eu posso sempre falar e em quem eu posso sempre confiar.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você fazer comida e levar para uma amiga que estava doente, e aprendi que todos nós temos que ajudar a tomar conta uns dos outros.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você dando seu tempo e seu dinheiro para ajudar as pessoas mais necessitadas e aprendi que aqueles que têm alguma coisa devem ajudar quem nada tem.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu percebi você me dando um beijo de boa noite e me senti uma pessoa amada e segura.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você tomando conta da nossa casa e de todos nós, e aprendi que nós temos que cuidar com carinho daquilo que temos e das pessoas que gostamos.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi como você cumpria com todas as suas responsabilidades, mesmo quando não estava se sentindo bem, e aprendi que eu tinha que ser responsável quando crescesse.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você se desculpar com uma amiga, embora tivesse razão, e aprendi que às vezes vale a pena abrir mão de um ponto de vista para preservar a amizade e o bem-estar nos relacionamentos.
Quando você pensava que eu não estava olhando eu vi lágrimas nos seus olhos, e aprendi que, às vezes, acontecem coisas que nos machucam, mas que não tem nenhum problema a gente chorar.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu percebi você cuidando do vovô com carinho e atenção, e aprendi que devemos tratar bem e respeitar aqueles que nos cuidaram na infância.
Quando você pensava que eu não estava olhando, foi que aprendi a maior parte das lições que precisava para ser uma pessoa boa e produtiva quando crescesse.
Quando você pensava que eu não estava olhando, eu olhava para você e queria lhe dizer: "obrigado por todas as coisas que eu vi e aprendi quando você pensava que eu não estava olhando!"

Pense nisso!

Esta é uma mensagem portadora de grandes motivos de reflexão para todos os educadores que desejam atingir seus nobres objetivos no campo da educação.
É uma mensagem importante porque nos faz pensar que nossos educandos estão nos olhando e memorizando mais o que fazemos do que o que dizemos.
Nossos gestos e nossas ações produzem lições mais efetivas dos que muitas palavras vazias, jogadas ao vento.

Pense nisso!

E lembre-se sempre: alguém está observando e aprendendo algo com você, em todos os momentos.

sábado, 26 de julho de 2008

CONSTRUIR



Para construir a floresta a natureza gasta séculos de serviço.Para destruí-la, basta a chispa do fogo.
Para construir a casa, grande turma de obreiros despende longos dias.Para destruí-la, basta um só homem de picareta, no espaço de algumas horas.
Para construir um jarro de legítima porcelana, o ceramista utiliza tempo enorme de vigília e preparaçãoPara destruí-lo, basta um martelo.
Para construir o avião, primorosa equipe de técnicos associa prodígios de inteligência, na ação de conjunto.Para destruí-lo, basta um erro de cálculo.
Para construir o depósito de combustíveis, o homem é constrangido a providências numerosas, alusivas à edificação e à preservação.Para destruí-lo, basta um fósforo aceso.
Para construir a cidade, o povo emprega anos e anos de sacrifício.Para destruí-la, basta hoje uma bomba.
Irmãos, sempre que chamados à crítica, respeitemos o esforço nobre dos semelhantes.Para construir, são necessários amor e trabalho, estudo e competência, compreensão e serenidade, disciplina e devotamento.
Para destruir, porém, basta o golpe.



ANDRÉ LUIZ (Do livro Ideal Espírita, cap. 61, edição CEC)
Site Espírita André Luiz

sábado, 19 de julho de 2008

Lei Seca no Trânsito



"Tem cabimento ingerir uma droga que altera os reflexos e sair por aí pilotando uma máquina?
GOSTO DE BEBER, e confesso sem o menor sentimento de culpa. Álcool, de vez em quando, em quantidade pequena, dá prazer sem fazer mal à maioria das pessoas."


Aos sábados e domingos, quando estou de folga, tomo uma cachaça antes do almoço, hábito adquirido com os carcereiros da antiga Casa de Detenção. Difícil é escolher a marca, o Brasil produz variedade incrível. Tomo uma, ocasionalmente duas, jamais a terceira. Essa é a vantagem em relação às bebidas adocicadas que você bebe feito refresco, sem se dar conta das conseqüências. Cachaça impõe respeito, o usuário sabe com quem está lidando: exagerou, é vexame na certa.Cerveja, tomo de vez em quando. O primeiro gole é um bálsamo para o espírito; no calor, depois de um dia de trabalho e horas no trânsito, transporta o cidadão do inferno para o paraíso. O gole seguinte já não é igual, infelizmente. A segunda latinha decepciona, deixa até um resíduo amargo; a terceira encharca.Uísque e vodca, só tenho em casa para oferecer às visitas.De vinho eu gosto, mas tomo pouco, porque pesa no estômago. Além disso, meu paladar primitivo não permite reconhecer notas de baunilha ou sabores trufados; não tenho idéia do que seja uma trava sutil de tanino, nem o aroma de cassis pisado, nem o frescor de framboesas do campo. Em meu embotamento olfato-gustativo, faço coro com os que admitem apenas três comentários diante de um copo de vinho: é bom, é ruim, e bebe e não enche o saco.Feita essa premissa, quero deixar claro ser a favor da chamada lei seca no trânsito.Sejamos sensatos, leitor, tem cabimento ingerir uma droga que altera os reflexos motores, o equilíbrio e a percepção espacial de objetos em movimento e sair por aí pilotando uma máquina na qual uma pequena desatenção pode trazer conseqüências fúnebres?Ainda que você não seja ridículo a ponto de afirmar que dirige melhor quando bebe, talvez possa dizer que meia garrafa de vinho, três chopes ou uísques não interferem na sua habilidade ao volante.Tudo bem: vamos admitir que, no seu caso, seja verdade, que você tenha maior resistência aos efeitos neurológicos e comportamentais do álcool e que seria aprovado em qualquer teste de resposta motora.Imagino, entretanto, que você tenha idéia da diversidade existente entre os seres humanos. Quantas mulheres e quantos homens cada um de nós conhece para os quais uma dose basta para transtorná-los?Quantos, depois de duas cervejas, choram, abraçam os companheiros de mesa e fazem declarações de amizade inquebrantável? Está certo permitir que esses, fisiologicamente mais sensíveis à ação do álcool, saiam por aí colocando em perigo a vida alheia?Como seria a lei, então? Deveria avaliar as aptidões metabólicas e os reflexos de cada um para selecionar quem estaria apto a dirigir alcoolizado? O Detran colocaria um adesivo em cada carro estabelecendo os limites de consumo de álcool para aquele motorista? Ou viria carimbado na carteira de habilitação?Talvez você possa estar de acordo com a argumentação dos advogados que defendem os interesses dos proprietários de bares e casas noturnas: "A nova lei atenta contra a liberdade individual".Aí, começo a desconfiar de sua perspicácia. Restrições à liberdade de beber num país que vende a dose de pinga a R$ 0,50? Há escassez de botequins nas cidades brasileiras, por acaso? Existe sociedade mais complacente com o abuso de álcool do que a nossa?Mas pode ser que você tenha preocupações sociais com a queda de movimento nos bares e com o desemprego no setor.A julgar por essa lógica, vou mais longe. Como as estatísticas dos hospitais públicos têm demonstrado nos últimos fins de semana, poderá haver desemprego também entre motoristas de ambulâncias, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, agentes funerários, operários que fabricam cadeiras de rodas, sondas urinárias e outros dispositivos para deficientes físicos.No ano passado, em nosso país, perderam a vida em acidentes de trânsito 17 mil pessoas. Ainda que apenas uma dessas mortes fosse evitada pela proibição de beber e dirigir, haveria justificativa plena para a criação da lei agora posta em prática.Não é função do Estado proteger o cidadão contra o mal que ele faz a si mesmo. Quer beber até cair na sarjeta? Pode. Quer se jogar pela janela? Quem vai impedir?Mas é dever inalienável do Estado protegê-lo contra o mal que terceiros possam causar a ele.


DRAUZIO VARELLA

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O Maior Desafio


"Existem três tipos de pessoas: as que deixam acontecer, as que fazem acontecer e as que perguntam o que aconteceu."
John Richardson Jr
Cada um de nós tem desafios diferentes. A vida é feita de desafios diários. Para quem não dispõe de movimentos nas pernas, transportar-se da cama para a cadeira de rodas, a cada manhã, é um desafio. Para quem sofreu um acidente e está re-aprendendo a andar, o desafio está em apoiar-se nas barras, na sala de reabilitação, e tentar mover um pé, depois o outro. Para quem perdeu a visão, o grande desafio é adaptar-se à nova realidade, aprendendo a ouvir, a tatear, a movimentar-se entre os obstáculos sem esbarrar. É aprender um novo alfabeto, é ler com os dedos, é adquirir nova independência de movimentos e ação. Para o analfabeto adulto, o maior desafio é dominar aqueles sinais que significam letras, que colocados uns ao lado dos outros formam palavras, que formam frases. É conseguir tomar o lápis e escrever o próprio nome, em letras de forma. É conseguir ler o letreiro do ônibus, identificando aquele que deverá utilizar para chegar ao seu lar. Cada qual, dentro de sua realidade, de sua vivência, apontará o que lhe constitui o maior desafio: dominar a técnica da pintura, da escultura, da música, da dança. Ser um ás no esporte. Ser o primeiro da classe. Passar no vestibular. Ser aprovado no concurso que lhe garantirá um emprego. Ser aceito pela sociedade. Ser amado. Para vencer um desafio é preciso ter disciplina, ser persistente, ser diplomático, saber perdoar-se e perdoar aos outros. É ser otimista quando os demais estão pessimistas. Ser realista quando os demais estão com os pensamentos na lua. É saber sonhar e ir em frente. É persistir, mesmo quando ninguém consiga nos imaginar como um prêmio Nobel de Química, um pai de família, um professor, prefeito ou programador. Acima de tudo, o maior desafio para deficientes, negros e brancos, japoneses e americanos, brasileiros e argentinos, para todo ser humano, é fazer. Fazer o que promete. Dar o primeiro passo, o segundo e o terceiro. Ir em frente. Com que freqüência se escutam pessoas dizendo que vão fazer regime, que vão estudar mais, que vão fazer exercício todo dia, que vão ler mais, que vão assistir menos televisão, que vão... Falar, reclamar ou criticar são os passatempos mais populares do mundo, perdendo só, talvez, para o passatempo de culpar os outros pelo que lhe acontece. Então, o maior desafio é fazer. E não adianta você dizer que não deu certo o que pretendia porque é cego, ou porque é negro, ou porque é amarelo, ou porque você é brasileiro. Ou porque mora numa casa amarela. Ou porque não teve tempo. Aprenda com seus erros. Quando algo não der certo, você pode tentar de maneira diferente. Agora você já sabe que daquele jeito não dá. Você pode treinar mais. Você pode conseguir ajuda, pode estudar mais, pode se inspirar com sábios amigos. Ou com amigos dos seus amigos. Pode tentar novas idéias. Pode dividir seu objetivo em várias etapas e tentar uma de cada vez, em vez de tentar tudo de uma vez só. Você pode fazer o que quiser. Só não pode é sentir pena de si mesmo. Você não pode desistir de seus sonhos.
...............................
Problemas são desafios. Dificuldades são testes de promoção espiritual. Insucesso é ocorrência perfeitamente natural, que acontece a toda e qualquer criatura. Indispensável manter o bom ânimo em qualquer lugar e posição. O pior que pode acontecer a alguém é se entregar ao desânimo, apagando a chama íntima da fé e caminhar em plena escuridão. Assim, confia em Deus, e, com coragem, prossegue de espírito tranqüilo.
Equipe de Redação do Momento Espírita, a partir de carta assinada por Fernando Botelho e endereçada a um cego, de nome Juliano, residente em Curitiba, e do cap. 9 da obra Convites da Vida, psicografia de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Âgelis.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Mais um selo lindo.


Esse eu ganhei da minha querida amiga do coração Jeanne do blog conscienciaevida.blogspot.com
querida muito obrigada.
É um prêmio atribuído a sites e blogs que se destacam por seu brilho em ambos os temas em design, e sua finalidade é promover em todo o mundo blogosfera. Após receber o prêmio, você deve postá-lo e citar os nomes dos premiados. Escolha no mínimo 7 blogs (ou mais), que acha que são brilhantes em sua disciplina ou na sua concepção.
Quero oferecer para os(as) blogueiros(as) abaixo:
Renatinha do blog renataemy.blogspot.com;
Georgia do blog saia-justa-georgia.blogspot.com;
Sahmany do blog xistudo.blogspot.com.
Querida Jeanne muito obrigada.

Obá!!!!! Ganhei selinhos.




Gente ganhei esses selos da minha querida amiga do coração TÂnia do taniadefensora.blogspot.comUm
Esse blog vale a pena ser "olhado";
blog da melhor qualidade;
Esse blog dá um banho!
Vou indicar os(as) blogueiros(as) abaixo para recebê-los:
Oscar do blog oscar-vg.blogspot.com;
Renatinha do blog renataemy.blogspot.com;
Muito obrigada querida Tânia.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

A HONRA TAMBÉM SE ENSINA



"Feliz aquele que transfere o que sabe, e aprende o que ensina."

Cora Coralina



É comum, em nossos dias, ouvirmos reclamações por parte de pessoas que se sentiram desrespeitadas em seus direitos. É o médico que marca uma hora com o paciente e o deixa esperando por longo tempo, sem dar satisfação. É o advogado que assume uma causa e depois não lhe dá o encaminhamento necessário, deixando o cliente em situação difícil. É o contador que se compromete perante a empresa em providenciar todos os documentos exigidos por lei e, passados alguns meses, a empresa é autuada por irregularidades que este diz desconhecer. É o engenheiro que toma a responsabilidade de uma obra, que mais tarde começa a ruir, sem que este assuma a parte que lhe diz respeito. É o político que promete mundos e fundos e, depois de eleito, ignora a palavra empenhada juntos aos seus eleitores. Esses e outros tantos casos acontecem com freqüência nos dias atuais. É natural que as pessoas envolvidas em tais situações, exponham a sua indignação junto à sociedade, e reclamem os seus direitos perante a justiça. Todavia, vale a pena refletirmos um pouco sobre a origem dessa falta de honradez por parte de alguns cidadãos. Temos de convir que todos eles passaram pela infância e, em tese, podemos dizer que não receberam as primeiras lições de honra como deveriam. Quando os filhos são pequenos, não damos a devida atenção às suas más inclinações ou, o que é pior, as incentivamos com o próprio exemplo. Se nosso filho desrespeita os horários estabelecidos, não costumamos cobrar dele uma mudança de comportamento. Se prometem alguma coisa e não cumprem, não lhes falamos sobre a importância da palavra de honra. Assim, a palavra empenhada não é cumprida, e nós não fazemos nada para que seja. Ademais, há pais que são os próprios exemplos de desonra. Prometem e não cumprem. Dizem que vão fazer e não fazem. Falam, mas a sua palavra não tem o peso que deveria. É importante que pensemos a respeito das causas antes de reclamar dos efeitos. É imprescindível que passemos aos filhos lições de honradez. Ensinar aos meninos que as irmãs dos outros devem ser respeitadas tanto quando suas próprias irmãs. Que a palavra sempre deve ser honrada por aquele que a empenha. Ensinar o respeito aos semelhantes, não os fazendo esperar horas e horas para só depois atender como que estivéssemos fazendo um grande favor. Enfim, ensinar-lhes a fazer aos outros o que gostariam que os outros lhes fizessem, conforme orientou Jesus. Não há efeito sem causa. Todo efeito negativo, tem uma causa igualmente negativa. Por essa razão, antes de reclamar dos efeitos, devemos pensar se não estamos contribuindo com as causas, direta ou indiretamente.



Equipe de Redação do Momento Espírita.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

A MAIS BELA FLOR





"Você pode se lamentar muitas vezes por ter pronunciado uma palavra indelicada, mas nunca por ter pronunciado uma palavra bondosa."

Bert Estabrook


O bosque estava quase deserto quando o homem sentou-se para ler embaixo dos longos ramos de um velho carvalho. Estava desiludido da vida, com boas razões para chorar, pois o mundo estava tentando afundá-lo. E como se já não tivesse razões suficientes para arruinar o seu dia, um garoto chegou, ofegante, cansado de brincar. Parou na sua frente, de cabeça baixa e disse, cheio de alegria: - Veja o que encontrei! O homem olhou desanimado e percebeu que na sua mão havia uma flor. Que visão lamentável! Pensou consigo mesmo. A flor tinha as pétalas caídas, folhas murchas, e certamente nenhum perfume. Querendo ver-se livre do garoto e de sua flor, o homem desiludido fingiu pálido sorriso e se virou para o outro lado. Mas ao invés de recuar, o garoto sentou-se ao seu lado, levou a flor ao nariz e declarou com estranha surpresa: - O cheiro é ótimo, e é bonita também... - Por isso a peguei. Tome! É sua. A flor estava morta ou morrendo, nada de cores vibrantes como laranja, amarelo ou vermelho, mas ele sabia que tinha que pegá-la, ou o menino jamais sairia dali. Então estendeu a mão para pegá-la e disse, um tanto contrafeito: - Era o que eu precisava. Mas, ao invés de colocá-la na mão do homem, ele a segurou no ar, sem qualquer razão. E naquela hora o homem notou, pela primeira vez, que o garoto era cego e que não podia ver o que tinha nas mãos. A voz lhe sumiu na garganta por alguns instantes... Lágrimas quentes rolaram do seu rosto enquanto ele agradecia, emocionado, por receber a melhor flor daquele jardim. O garoto saiu saltitando, feliz, cheirando outra flor que tinha na mão, e sumiu no amplo jardim, em meio ao arvoredo. Certamente iria consolar outros corações, que embora tenham a visão física, estão cegos para os verdadeiros valores da vida. Agora o homem já não se sentia mais desanimado e os pensamentos lhe passavam na mente com serenidade. Perguntava-se a si mesmo como é que aquele garoto cego poderia ter percebido sua tristeza a ponto de aproximar-se com uma flor para lhe oferecer. Concluiu que talvez a sua auto-piedade o tivesse impedido de ver a natureza que cantava ao seu redor, dando notícias de esperança e paz, alegria e perfume... E como as Leis da Vida são misericordiosas, permitiram que um garoto privado da visão física o despertasse daquele estado depressivo. E o homem, finalmente, conseguira ver, através dos olhos de uma criança cega, que o problema não era o mundo, mas ele mesmo. E ainda mergulhado em profundas reflexões, levou aquela feia flor ao nariz e sentiu a fragrância de uma rosa.

........................................

Verdadeiramente cego é todo aquele que não quer ver a realidade que o cerca. Tantas vezes, pessoas que não percebem o mundo com os olhos físicos, penetram as maravilhas que os rodeiam e se extasiam com tanta beleza. Talvez tenha sido por essa razão que um pensador afirmou que "o essencial é invisível aos olhos."
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em mensagem volante, sem menção ao autor.

terça-feira, 24 de junho de 2008

A CORAGEM



A coragem de ser honesto com nós mesmo é uma qualidade que podemos
cultivar para ajudar o nosso crescimento espiritual. È preciso um
compromisso honesto para admitir que alguém que amamos tem um
problema de difícil convível,que o relacionamento e muitas outras
coisas estão além do nosso controle, que há uma fonte de ajuda maior
do quae nós mesmos, e que precisamos dos cuidados desse Poder
Superior.
a honestidade nos permite olhar para nós mesmos,compartilhar nossas
descobertas com Deus e com outras pessoas, admitir que precisamos de
ajuda espiritual para melhorar, e nos libertar, fazendo reparações
pelos erros do passado.
precisamos ser sinceros com nós mesmosà medida que continuamos a
analisar nossas atitudes e ações de cada dia. Isso nos permite ser
humildes o suficiente para estender a mão para outras pessoas,como
iguais, e continuar a crescer em todas os setores da nossa vida.
Onde encontramos a coragem para ser tão honesto com nós mesmos? A
coragem para modificar as coisas que podemos é encontrada no nosso
relacionamento contínuo com um Poder maior do que nós.

PARA PENSAR HOJE
Sei que a honestidade é parte essencial dos Doze Passos. Hoje estou
disosto a ser mais honesto comigo mesmo.
" Como pode haver dignidade, se não houve honestidade?"
Marco Tulio Cícero


segunda-feira, 23 de junho de 2008

POR QUE A EDUCAÇÃO BRASILEIRA AINDA TIRA "NOTA VERMELHA"?




Dados divulgados pelo MEC (Ministério da Educação) nesta quarta-feira (11) apontam que a educação brasileira, apesar de avanços no ensino fundamental, ainda tira "nota vermelha". Em nenhuma das etapas de ensino analisadas no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), as médias foram maiores que cinco, mínimo exigido a um aluno de educação básica na rede pública para passar de ano.


Por que a educação brasileira ainda tira "nota vermelha"? Dê a sua opinião.


domingo, 22 de junho de 2008

Obediência e Educação



Enumeremos alguns símbolos extremamente simples da natureza, mas profundamente reais para nos auxiliarem o raciocínio na escola da experiência. A semente que se resigna à solidão, no claustro da terra, é aquela que germina para enriquecimento do campo; e a que não passa por semelhante processo renovador, de modo geral, se encaminha para os misteres do adubo. A planta que resiste à tempestade, adaptando-se construtivamente ao clima em que foi situada, é a que se esmalta de utilidades e flores, frutos e ninhos, na sustentação das criaturas; aquela, porém, que não tolera as vicissitudes do tempo, desce à própria desagregação, antes de haver cumprido a tarefa para que fora indicada. E assim ser-nos-á possível prosseguir lembrando no educandário da vida: solo que agüenta arado e trator, enxada e pisoteio é o que produz em consonância com as necessidades da multidão; pedra que escora o edifício é a que obedece aos projetos do construtor; fio que comunica a força elétrica para benefício do reconforto é aquele que permanece no esquema de serviço em que foi colocado; violino que irradia a bênção da música será sempre aquele que demonstra firmeza na função a que foi chamado, sem se sobrepor aos planos do artista. Acontece o mesmo, no reino do Espírito. Reconhecemos que não será justo comparar o homem a objetos e seres considerados de condição inferior. O homem é a inteligência que já chegou à Razão e, por isso, é ele o mordomo responsável da vida, mas se não obedece, voluntariamente, em favor do bem de todos, conscientizando as próprias atitudes e aceitando os deveres que se lhe atribuem, ainda mesmo com sacrifício pessoal, a felicidade do Mundo vai se tornando cada vez mais distante e o aprimoramento individual cada vez menos possível.


Emmanuel - Francisco Cândido Xavier - Livro Inspiração

sábado, 21 de junho de 2008

FESTAS JUNINAS





É assim que chamamos no Brasil as festas comemoradas no mês de junho em homenagem a três Santos Cristãos: Santo Antônio (dia 13), São João (dia 24) e São Pedro (dia 29). A influência portuguesa em nossa cultura, provavelmente é a razão pela qual comemoramos as datas desses Santos católicos. Porém, tal comemoração também deve ter sido influenciada por antigos povos como os celtas, os grego- romanos que praticavam rituais com fogueiras e festejos para homenagear os deuses da colheita, já que a época de junho nos países do hemisfério norte é o início do verão, época propícia para o plantio. Esse mês é marcado por festas típicas, comidas deliciosas e muita dança. Costumamos montar um arraial, que é uma aldeia (temporária, pois só existe durante as comemorações), com barracas de comidas típicas do nosso país, brincadeiras, jogos, dança e muita diversão. Arraial que se preze tem fogueira, bandeirinhas para decoração, quadrilhas, baião, forró, e gente vestida de caipira (um jeito estilizado de mostrar o homem da roça) , casamento na roça e mais. Antigamente, costumava-se soltar balões nessa época do ano, mas devido os incêndios que eles podem provocar, é aconselhável se divertir com os fogos de artifício (sempre com cuidado) e com a festa em si. As festas juninas são comemoradas no Brasil desde o século XVI. Tais comemorações sofreram muitas adaptações desde o seu início no nosso país. As festas juninas nos fazem viver intensamente nosso folclore, a nossa cultura. Nessas festas temos a influência de vários povos que marcaram a nossa história. Dos portugueses nós herdamos muito, comidas (como arroz doce), a festa em si, a religião, algumas danças como a dança das fitas. Dos franceses herdamos a quadrilha com passos e marcações inspirados na corte européia. Dos índios o gosto por alimentos como mandioca, milho. Dos africanos danças, comidas. É difícil separar as influências que sofremos pois somos o resultado de tudo isso, da mistura de povos e tradições. As comemorações apresentam diversas características de acordo coma região do país. Os Santos Padroeiros das festas: Santo Antônio- conhecido como santo casamenteiro, santo que protege e preserva o amor e também um santo que encontra coisas. Geralmente na véspera da festa desse Santo, as pessoas interessadas em casar, arrumar um amor ou preservar o seu , costumam fazer simpatias par ao santo. Santo Antônio foi um religioso português que nasceu em 1195 em Lisboa. Morreu jovem ainda , com apenas 36 anos em Pádua, na Itália. São João- um dos santos mais populares. Considerado santo protetor das mulheres grávidas. Segundo a Bíblia, João era primo em segundo grau de Jesus, pois Isabel era prima de Maria. João batista batizou Jesus nas águas do rio Jordão, rio que hoje faz a fronteira entre Israel e a Jordânia e entre esta e a Cisjordânia. Segundo a lenda( não baseada na bíblia): Isabel, mãe de São João era prima da Virgem Maria. São João não havia nascido ainda, mas era esperado. Isabel prometeu à Virgem avisá-la logo que criança nascesse. As duas casas não eram muito distantes, de modo que de uma se avistava a outra, com um pouco de esforço. Numa noite bonita, de céu estrelado, São João nasceu. Para avisar a Virgem, Isabel mandou erguer, na porta de sua casa, um mastro e acendeu uma fogueira que o iluminava. Era o aviso combinado. A Virgem Maria correu logo a visitar a prima. Levou-lhe de presente uma capelinha, um feixe de folhas secas e folhas perfumadas para a caminha do recém –nascido”. João Batista é descrito na Bíblia como pessoa solitária, um profeta de grande popularidade. Fez severas críticas à família real da época, a do rei Herodes Antipas, da Galiléia, pois o rei era amante da sua cunhada, Herodíades. Segundo o evangelho de São Marcos (cap. 6, vers. 17-28) Salomé, filha de Herodíades, dançou tão bonito diante de Herodes que este lhe prometeu o presente que quisesse. A mãe de Salomé aproveitou a oportunidade para se vingar: anunciou que o presente seria a cabeça de João Batista, que se encontrava preso. O “presente” foi trazido em uma bandeja de prata. A imagem de São João Batista é geralmente apresentada como um menino com um carneiro no colo, já que segundo a Bíblia, ele anunciou a chegada cordeiro de Deus. Diz a lenda que São João adora festa, mas que é preciso muitos fogos e uma fogueira bem bonita para ele ficar feliz. São Pedro- foi pescador e apostolo de Jesus. É conhecido como santo dos pescadores, guardião das chuvas e “porteiro do céu”. Depois da morte de Jesus, Pedro viveu muitos anos pregando a palavra de Deus. É considerado o fundador da Igreja Católica. As fogueiras fazem parte da tradição das festas juninas. O fogo é tido como símbolo de purificação desde a antigüidade. Cada festa porém, tem a sua fogueira especial. Na festa de Santo Antônio a fogueira deve ter uma base quadrada , é também conhecida como chiqueirinho. Na festa de São João a fogueira deve ter uma base redonda, fazendo a fogueira ser cônica, em formato de pirâmide. A fogueira da festa de São Pedro deve ter a base triangular e deve ser triangular.


Christiane Angelotti