A formação ética dos futuros cidadãos foi o primeiro e também o mais constante sentido atribuído à ação educativa - ao menos desde que esta deixou de ser uma prática privada, exercida de forma espontânea e dispersa no cotidiano social, dando origem a instituições sociais específicas e a fazeres especializados. Ao ser inaugurado, o longo debate sobre os fins e sobre os procedimentos da educação era essencialmente movido por interrogações em que ética e política encontravam-se fortemente entrelaçadas. Tornada atividade social explícita e refletida, a educação se fez instrumento de construção de uma nova polis - de realização da obra política, pela formação ética dos futuros cidadãos. Mais ainda, a tarefa de formação ética para a cidadania deve ser associada à própria invenção da noção de escola, quer a entendamos em sua acepção mais ampla - como instituição consagrada a um tipo de educação que transborda o âmbito estritamente doméstico e que é confiada a "especialistas" -, quer a concebamos na acepção muito especial que passou a possuir na modernidade - quando à escola pública é imputada a responsabilidade quase que integral por uma formação antes confiada ao conjunto dos cidadão.
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4 comentários:
Ué?
Ética não é produto brasileiro de exportação?
Beijo!
Oi Fê!
Acho quase impossível aprender ética na escola, mas toda regra, tem exceção. Mais provável aprender ética desde o nascimento, através de princípios morais.
Exportação? O que temos não atende nem ao mercado interno.
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