quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Existem três "tipos" de espíritos na Terra

Baseado nas pesquisas de Rui Vaz da Costa:

Existem três "tipos" de espíritos na Terra, neste momento: Os naturalmente bons, que vivem em harmonia com a natureza e, talvez por isso mesmo, vivam no interior, em lugares afastados desse caos. São pouco conhecidos, mas pode-se reconhecê-los pela humildade e resignação com que enfrentam as dificuldades da vida (que são pedidas por elas mesmas, para que o orgulho, o poder e a vaidade não as corrompam).
O segundo tipo representa 30% da população: os despertos. São pessoas que tiveram poder, glória, beleza, enfim, tudo o que sonharam, e falharam. Sofreram e sofrem as conseqüências, mas têm impregnado nelas um espírito de querer lutar para melhorar que só essa experiência de queda poderia proporcionar. Possuem uma fibra íntima muito forte, ou seja, nascem sabendo o que é bom pra elas ou não. Já não precisam "meter o dedo na tomada" pra saber que aquilo é ruim (isso porque elas já meteram em outras vidas). São essas pessoas que são utilizadas para trabalhos aqui na Terra (mediunidade, Reiki, assistência social, enfim, tudo que contribua para o progresso e que exija combate com os "trevosos") e não os naturalmente bons, porque esses últimos não passaram pela "forja da vida", e poderiam ser seduzidos pelas trevas.
O terceiro tipo, e o mais numeroso (60%) são os adormecidos. Os que vivem imersos na Matrix, no mundo da ilusão de Maya. Pedem (e conseguem, pois contribui com seu desenvolvimento em longo prazo) beleza, glória, poder, cobiça, coisas materiais. Não se interessam pelas coisas espirituais, pelo contrário. Passam muitas e muitas vidas curtindo esse imenso playground, até que se sentem desgastadas com tantos excessos e, quando estiverem no fundo do poço, serão esmagadas pelas ações que cometeram, os inimigos que contraíram, etc. Geralmente neste ponto a espiritualidade intervém, explica pra ela como funciona o "sistema" (não adiantaria explicar antes, pois eles NÃO QUEREM saber e não adianta) e os protege por um tempo das ações dos inimigos, fazendo-os reencarnar bem longe deles. Isso serve para que a pessoa adquira força, conhecimento e coragem para suportar o que vem por aí. E aí então ela se tornará "desperta".

Estava lendo no shopping o livro O evangelho de Tomé e ele possui a história de um Cardeal que ficou intrigado com a passagem da Bíblia, em Ezequiel 22:21-22, onde se lê:

Sim, congregar-vos-ei, e assoprarei sobre vós o fogo da minha ira; e sereis fundidos no meio dela. Como se funde a prata no meio da fornalha, assim sereis fundidos no meio dela; e sabereis que eu, o Senhor, derramei o meu furor sobre vós.

Curioso, ele foi até um ferreiro para ver como se funde a prata. O ferreiro mergulhou a peça na fundição, e esperou. O cardeal perguntou "Como o senhor sabe quando a prata está boa?"
Ao que o ferreiro respondeu "As camadas de impurezas vão caindo com o calor, e quando eu consigo ver meu reflexo na prata, sei que ela está pura".

Linda analogia de Ezequiel! A Terra, que é o forno onde nos livramos das camadas grosseiras de impurezas, Deus, que é o nosso fundidor, e só quando formos um reflexo do Criador estaremos "prontos". Por isso temos também outra bela passagem da Torah (Velho Testamento, Salmo 82:6), que diz: Vós sois deuses, e filhos do Altíssimo, todos vós e corroborado por Jesus em João 10:34 e em 14:12: Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê em mim, esse também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas; porque eu vou para o Pai. Eles, obviamente, sabiam que somos Deus em potencial.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Butantan desenvolve remédio para doença de gestantes



Conhecida como pré-eclâmpsia, a doença atinge cerca de 320 mil mulheres por ano (10% do total de gestantes) e pode ser fatal.
A equipe do Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão em Toxinologia (CAT/CEPID), que está há seis meses trabalhando no remédio, extraiu um componente do veneno que ajuda a serpente a controlar a sua presa, fazendo com que a sua pressão arterial despenque.
"O veneno tem outros componentes, mas este impede que a presa (geralmente roedores) fuja", afirmou um dos pesquisadores envolvidos nos estudos, Juliano Guerreiro.
A equipe submeteu o pedido de patenteamento do remédio no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa e espera pela aprovação para publicar a descoberta em uma revista científica.
Atualmente, a condição é tratada com remédios para hipertensão, que nem sempre resolvem o problema.
"A pré-eclâmpsia é diferente da hipertensão porque tem outras complicações que caracterizam a doença", ressalta Guerreiro.

Mortes

Segundo o pesquisador, o mecanismo de ação do novo remédio seria diferente dos medicamentos mais comumente usados no combate à hipertensão.
"Os hipertensivos mais comuns são vasodilatadores", diz o cientista. "Nesse caso, a molécula também age nas artérias e promove dilatação, mas de uma forma diferente porque age especificamente em uma proteína."
A condição pode se desenvolver a partir da vigésima semana de gestação, mas as suas causas são motivos de controvérsia entre os cientistas.
Segundo Guerreiro, o fato de uma mulher ter pressão alta não significa que ela vá desenvolver pré-eclâmpsia quando ficar grávida.
Sabe-se, porém, que a doença está associada a 30% das mortes de gestantes no Brasil. De acordo com o pesquisador, a maior parte dos óbitos ocorre no parto.
A aprovação da patente também atrairia empresas privadas, e mais recursos, para o projeto. Até aqui, as pesquisas já custaram cerca de US$ 3 milhões e foram financiadas principalmente pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), que mantém o CAT/CEPID.

Exames

O próximo passo será fazer os exames toxicológicos da nova droga para, segundo Guerreiro, "saber a toxicidade da droga, se ela interfere no sistema nervoso, no desenvolvimento do feto".
"Nos animais, não vimos nada que desanimasse as pesquisas", afirmou o pesquisador.
Concluída essa fase, deverão ser iniciados os exames clínicos em mulheres. Guerreiro estima que serão necessários pelo menos cinco anos até que a droga esteja disponível comercialmente.
Além de Guerreiro, participam do trabalho Claudiana Lameu, outra pesquisadora do CAT/CEPID, e Antonio Carlos Martins de Camargo, chefe do laboratório.
O veneno da jararaca já foi usado em outras drogas, como no captopril, o primeiro medicamento contra a hipertensão comercializado em larga escala.

Carolina Glycerio Da BBC Brasil em São Paulo

A minha irmã mais velha morreu aos 21 anos de idade na sua segunda gestação com esse problema, tenho hoje uma colega que não pode engravidar por esse mesmo motivo.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Mulheres enviam fotos dos seios para site contra o câncer de mama



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Enviada por Haendel Dantas
14/01/2008 - 15:37





A Rethink pede para que as internautas enviem fotos de seus seios para o Booby Wall. Reprodução

O câncer de mama é o tipo de tumor mais comum nas mulheres e a melhor forma de diagnosticá-lo é através do auto-exame e da mamografia.

A fim de chamar a atenção das jovens para a doença, a organização beneficente canadense Rethink criou um site educativo, o Booby Wall.

A página, além de informar a respeito do problema, diferencia-se ao propôr que as internautas enviem fotos de seus seios, com roupas, lingerie ou mesmo nus, como forma de apoiar a campanha.

Além de promover campanhas educativas, a Rethink arrecada fundos para financiar pesquisas sobre a doença.

Saiba mais em http://www.comunicadores.info/.



Leia mais sobre: câncer de mama

Oba! Ganhamos.


Hoje é um dia muito especial para minha família, saiu a concessão da rádio comunitária que nós sempre sonhamos... foram muitos anos de luta, graças a Deus saiu.

Vamos fazer uma festa que vai parar Várzea Grande..hehehehehehehehehehehehehehehehehehh

Renovando Atitudes

"...O egoísmo é, pois, o objetivo para o qual todos os verdadeiros crentes devem dirigir suas armas, suas forças e sua coragem; digo coragem porque é preciso mais coragem para vencer a si mesmo do que para vencer os outros..."
(Cap. XI, item 11.)


Muitos sábios já diziam que para atingirmos a espiritualidade é preciso nos despojarmos do "egoísmo", o terrível adversário do progresso espiritual.
É realmente a ilusão de satisfazermos os nossos próprios interesses em detrimento dos interesses dos outros que caracteriza o estado de egoísmo, um conjunto enorme de ilusões, que nos tira do senso de realidade e de uma compreensão mais acurada de tudo e de todos.
"Não devo ser contrariada", "Preciso controlar os outros", "Sou dona da verdade", Nunca poderia ter acontecido comigo" são atitudes ilusórias herdadas por nós de crenças prepotentes, ou seja, do "culto ao eu".
"O egoísmo e o orgulho têm a sua fonte num sentimento natural: o instinto de conservação. Todos os instintos têm sua razão de ser e sua utilidade, porque Deus nada pode fazer de inútil."
Com a simples presença no lar de um segundo filho do casal, é perceptível em quase todas as crianças a necessidade exclusivista de atenção dos pais em torno delas, como centro de tudo. É natural e compreensível o aparecimento do impulso egoísta. O medo de perder suas satisfações, cuidados e compensações, o leva a usar o seu instinto de conservação, a fim de conservar o carinho, o afago e o amor, antes somente voltados para ela, e agora divididos com o novo irmão.
O denominado ciúmes ou egocentrismo infantil não poderá ser considerado anormal, desde que não tome proporções alarmantes. É uma reação natural diante de situações verdadeiras ou imaginadas, de perda de afeto, podendo existir sutilmente disfarçada ou claramente demonstrada.

"..Esse sentimento, encerrado em seus justos limites, é bom em si; é o exagero que o torna mau e pernicioso..."

Dessa forma, entendermos que o egoísmo, esse agrupamento de ilusões de supremacia, existirá por determinado período de tempo nas criaturas, até que elas consigam se conscientizar de que a atitude de "lavar as mãos", de Pôncio Pilatos, isto é, consideração excessiva aos seus interesses pessoais, agindo arbitrariamente, trará sempre desilusões e obstrução na percepção do mundo em que vivemos. Já o exemplo do Cristo nos transfere a uma ampla realidade de que o amor é a única força capaz de nos trazer lucidez e equilíbrio no relacionamento conosco e com os outros.
Eis o antídoto contra o egoísmo: "Não fazer aos outros o que não gostaríamos que os outros nos fizessem".


Índice das citações de "O Evangelho Segundo o Espiritismo"
Livro: Renovando Atitudes (pesquisado)
Autor: Francisco do Espírito Santo Neto
Ditado pelo espírito: Hammed


sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Pensamentos

Pensamentos que me afligem
sentimentos que me dizem
dos motivos escondidos
na razão de estar aqui
as perguntas que me faço
são levadas ao espaço
e de lá eu tenho todas
as respostas que pedi
quem me dera
que as pessoas que se
encontram
se abraçassem
como velhos conhecidos
descobrissem que se amam
e se unissem na verdade
dos amigos
e no topo do universo
uma bandeira
estaria no infinito
iluminada
pela força desse amor
luz verdadeira
dessa paz tão desejada
pensamentos que me
afligem
sentimentos que me dizem
dos motivos escondidos
na razão de estar aqui
e eu penso
nas razões, na existência
contemplando a natureza
nesse mundo
onde às vezes
aparentes coincidências
têm motivos mais
profundos
se as cores
se misturam pelos campos
é que flores diferentes
vivem juntas
e a voz dos ventos
na canção de Deus
responde todas as
perguntas.

Composição: Erasmo Carlos e Roberto Carlos.

As Grandes Mulheres.


Nasceu em 1821 na cidade de Laguna, seu nome era Ana Maria de Jesus Ribeiro, viveu na primeira metade do século 19. Ela com cerca de 14 e 15 anos se casou com o sapateiro Manuel Duarte de Aguiar, mas foi um grande em de sua vida. Três anos depois de seu casamento, ela conheceu o seu novo amor Giuseppe Garibaldi, ela com 18 e ele 32 anos, foi ele quem colocou em Ana o apelido de Anita.
Anita era uma mulher guerreira e valente. Ela deixou sua vida sem graça e sem motivos, para se tornar uma das mais importantes na história do Brasil.
Anita em 1839, após se unir a Garibaldi, foi em uma disputa entre imperialistas e farrapos, e Anita liderou uma luta muito importante. A luta foi de 120 dias entre imperialistas e farrapos. Em um momento da guerra, Garibaldi viu que estava perdendo e para melhor segurança, mandou Anita seguir para as terras, pediu que procurasse reforços e ficasse no continente. Como não conseguiu ajuda, Anita voltou. Suas tropas venceram, e o casal então partiu.
Algum tempo depois, Anita mostra mais uma vez a sua coragem, houve outra disputa, e ela desta vez foi responsável de comandar o transporte de munições. Anita foi presa, mas aproveitou a primeira chance que teve para escapar e não perdeu tempo e mesmo estando grávida, segurou forte a crina do cavalo, atravessou o Rio Canoas e se escondeu em uma mata durante oito dias e só depois desse tempo reencontrou o seu amor. Anita deu à luz a Domenico Menotti. Acuados foram para Montevidéu, no Uruguai, estando lá resolveram se casar na igreja, e tiveram três outros filhos: Rosita, Teresita e Ricciotti. Anita resolveu deixar as lutas, pouco depois a morte de Rosita, aos dois anos de idade, abalou a família, mas o lado de guerreira falou mais alto, ela foi participar da defesa de Montividéu, sendo enfermeira.
O casal resolveu se dividir, ela foi pra a França, enquanto o marido ficou no Uruguai. Giuseppe viajou para a Europa no ano seguinte.
Giuseppe foi para a Roma e Anita foi ao encontro do seu esposo, pois ele comandava a resistência de Roma. Logo com a tomada da cidade pelos franceses, o casal decidiu fugir. Anita estava grávida e mesmo assim ela permaneceu ao lado do seu marido, durante a fuga, Anita ficou doente de forma que nem conseguia andar, então, no dia 4 de agosto de 1849, a grande heroína veio a falecer estando grávida no sexto mês de gestação, do quinto filho. A escritora e médica Yvonne Capuano acredita que ela tenha sido vítima de leucemia.

Hoje estava assistindo um programa, onde relatavam a vida desta grande mulher, me emocionei e senti na sua história um pouco da história de muitas mulheres guerreiras e sonhadoras, mulheres que lutaram como Anita Garibaldi, Olga Benário, Chica da Silva, Maria Taquara, Zulmira Canavarros, Dunga Rodrigues e outras tantas.... que abrilhantaram a nossa história e nos dão força para continuar essa luta.

Maria Fernanda Figueiredo



quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

A sujeira do reveillón



Longe de mim querer bancar o chato neste nosso primeiro encontro do ano. Mas é simplesmente impossível deixar de dividir com vocês uma impressão que me perseguiu durante a chegada de 2008.
Estive no Rio de Janeiro e, assim como em diversas outras cidades litorâneas do nosso país, realizaram-se festas magníficas à beira-mar, acompanhada de queimas de fogos, música, bebida e muitas oferendas jogadas ao mar – tudo com o intuito de pedir paz e prosperidade para os 364 dias que teremos pela frente, até a hora de zerar tudo outra vez.
Para além do brilho dos festejos, o que mais me deixou triste foi a constatação de que, apesar de todo mundo fingir que sim, ainda somos um país com grau quase zero de educação ambiental. Em grandes aglomerações humanas como o reveillón de Copacabana – e do Guarujá, de Salvador, de Fortaleza, do Recife, de Florianópolis etc. etc. etc - é que se revela sem dó nem piedade o nosso lado “porcalhões”. Ou, nas palavras do escritor português Eça de Queiróz, uma verdadeira “choldra ignóbil”.
Em Copacabana, assim que o dia amanheceu, estavam depositados sobre os 1,3 quilômetros de extensão da orla 265 toneladas de lixo, de acordo com a Prefeitura. Você não leu errado: os dois milhões de pessoas que foram até lá deixaram a inacreditável soma de 265 mil quilos de detritos (garrafas de vidro, restos de isopores, latinhas de cerveja, plástico, papelão, flores, frascos de perfume, sabonetes, frutas, cestos de vime e restos de fogos de artifício). Esse volume de sujeira é 38% maior do que a recolhida no ano passado. Foram precisos mil garis e 12 mil litros de desinfetante para limpar a praia mais famosa do mundo.
Agora eu pergunto: é aceitável o comportamento de um indivíduo que sai de casa com garrafas de champagne acondicionadas em bolsas térmicas, consome o conteúdo com os amigos e, depois, simplesmente joga o vasilhame no chão, como se dar um destino final aquele recipiente não fosse um problema dele? Será que o fervor religioso realmente justifica a sujeira toda que fica boiando nas águas por dias e dias seguidos, afetando os peixes e submetendo as pessoas ao risco de contrair hepatite do tipo A? Nos dois casos, a resposta é não. Categoricamente, é não.
Não precisa ser ingênuo para acreditar que é, sim, possível realizar uma festa da grandeza de um reveillón como o do Rio de Janeiro sem tanta sujeira. Mas vai demorar anos e anos para os brasileiros perceberem – e sem a chatice pedagógica dos movimentos ambientais! –que deixar a orla com cada de lixão, a cada final de ano, é um verdadeiro crime ambiental.
Alguns estrangeiros que estavam no Rio de Janeiro declararam aos jornais no dia seguinte que nunca tinha participado de uma festa tão linda na vida deles – mas não deixaram de alfinetar o nosso comportamento pouco higiênico, apontando a sujeira como a parte mais incompreensível do evento.
O poder público, é bom lembrar, instalou centenas de banheiros químicos ao longo da orla no Rio de Janeiro. Mas quem ia perder tempo com isso, não é mesmo? O mais irônico dessa história toda é que a operação montada pela Prefeitura no dia seguinte foi batizada com o nome de Iemanjá, a “Rainha do Mar”. Vaidosa como ela é, não deve ter gostado nada, nada da sujeirada que os milhões de súditos depositam em seu território sagrado no primeiro dia de 2008.

Um forte abraço e bom começo de ano.

Lições da natureza

por Paulo Araújo

Repórter

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Dia do Fico


Reprodução

Povo festeja a decisão de dom Pedro de permanecer no Brasil

O 9 de janeiro de 1822 tornou-se conhecido na história de nosso país como o "Dia do Fico".

A expressão se deve a uma célebre frase de dom Pedro, então príncipe-regente do Brasil, que era na época um Reino Unido a Portugal e Algarves:
"Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico". Para compreendê-la melhor, é necessário conhecer o contexto em que ela foi dita.
Em 1807, com o intuito de expandir seu poder sobre o continente europeu, Napoleão Bonaparte planejava a invasão do reino de Portugal. Para escapar aos franceses, a família real portuguesa transferiu-se, no começo do ano seguinte, para o Brasil, que se tornou o centro do Império português.

Reino Unido

A chegada da família real teve um imenso significado para o desenvolvimento do país que era, até então, uma das colônias portuguesas. A fixação da corte no Rio de Janeiro teve diversas conseqüências políticas e econômicas, dentre as quais deve-se destacar a elevação do país à categoria de Reino Unido, em 1815. O Brasil deixava de ser colônia.
Contudo, cinco anos depois, com as reviravoltas da política européia e o fim da era napoleônica, uma revolução explodiu em Portugal. As elites políticas de Lisboa adotaram uma nova Constituição e o rei dom João 6º, com medo de perder o trono, voltou do Rio a Lisboa, deixando aqui seu filho, dom Pedro, na condição de príncipe-regente.

Recolonização

As cortes de Lisboa, porém, não aprovaram as medidas tomadas por dom Pedro para administrar o país. Queriam recolonizar o Brasil e passaram a pressionar o príncipe a também retornar a Lisboa, deixando o governo do país entregue a uma junta submissa aos portugueses.
A reação dos políticos brasileiros foi entregar ao regente uma lista com 8 mil assinaturas solicitando sua permanência aqui. A resposta de dom Pedro foi a célebre frase apresentada acima. Ela marca a adesão do príncipe regente ao Brasil e à causa brasileira, que vai desembocar em nossa Independência, no mês de setembro daquele ano. O Dia do Fico, portanto, é um dos marcos do processo de libertação política do Brasil em relação a Portugal.